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24/03/2017 às 15:09, atualizado em 24/03/2017 às 20:46
Ela foi expoente na cena cultural de Brasília e trouxe para a cidade espetáculos de ópera. Material foi doado nesta sexta (24) pela família, representada por Silvia de Oliveira, sobrinha da artista
O acervo da bailarina Asta-Rose Alcaíde passou aos cuidados do Arquivo Público do Distrito Federal nesta sexta-feira (24). O material doado pela família da artista inclui fotos, cartazes de peças e documentos que comprovam as atividades por ela desenvolvidas como assessora cultural da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e diretora artística da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.
Entre os bens repassados ao órgão estão 23 metros lineares de documentos textuais, 50 cartazes de espetáculos, 200 slides, ampliações fotográficas em seis álbuns e quatro caixas, além de dois disquetes.
A guarda do patrimônio foi requisitada pelo governo de Portugal, país em que Asta-Rose viveu por décadas e terra natal do marido, o tenor Tomás Alcaíde. Mas a entrega atendeu a um desejo da bailarina, de acordo com a sobrinha dela, Silvia Jordan de Oliveira, de 74 anos, que participou da doação nesta sexta: “Ela adotou Brasília como cidade”.
O superintendente do Arquivo Público, Jomar Nickerson de Almeida, comemorou a decisão. “A permanência do acervo nos deixa muito felizes. Assim, poderemos dar tratamento e, posteriormente, colocar para acesso ao público.”
Bens culturais de Asta-Rose Alcaíde foram doados para a Escola de Música de Brasília. São livros, partituras, discos em vinil e fitas magnéticas de óperas.
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“Ela não queria que o material ficasse restrito a uma elite já formada. Então, nada melhor que ele esteja à disposição dos alunos. A cidade é um celeiro de músicos, e isso tem que continuar a ser incentivado”, argumentou Silvia. A sobrinha-neta da bailarina, Cristina Weber, também estava presente na assinatura do termo de doação.
No Instituto Histórico e Geográfico do DF, por sua vez, será montado um ambiente Asta-Rose, com cadeiras e quadros da casa da artista.
Com a cessão dos documentos para o Arquivo Público, será possível analisá-los e catalogá-los de acordo com o grau de relevância. Para isso, o órgão faz a higienização do material, com a retirada de grampos, por exemplo, e o armazenamento dele. O procedimento impede a ação de ácaros e outros agentes de decomposição, como mofo.
Em seguida, os registros são separados de acordo com a área — se pessoal, profissional ou familiar. Para que seja mais fácil recuperar algum item de pesquisa, é feita a descrição de cada componente. Por fim, elabora-se um instrumento de pesquisa para acesso pelos interessados.
Nascida em Joinville (SC), em 20 de maio de 1922, Asta-Rose Alcaíde mudou-se para Brasília em 1975, a convite da Embaixada dos Estados Unidos para atuar como conselheira cultural.
Dois anos depois, fundou a Associação Ópera de Brasília, com o objetivo de fortalecer a divulgação e a produção de espetáculos na cidade. Foi a responsável por criar o cenário e o figurino de peças como Ópera Carmina Burana, Carmen e A Flauta Mágica. Presidiu a associação de 1984 a 2010.
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A experiência como bailarina — ela integrou o corpo de baile do Teatro Municipal de São Paulo — e a admiração pela música lírica deram-lhe reconhecimento internacional. Ela também apresentou-se em teatros no Brasil e em companhia do marido percorreu países da América do Sul.
Foi casada com o tenor Tomás Alcaíde, de Portugal, país onde morou antes de chegar a Brasília. Em 20 de novembro de 2016, sofreu um acidente vascular cerebral e morreu dez dias depois.
A atuação de Asta-Rose foi essencial para a consolidação da cena cultural do DF, de acordo com a gerente de Divulgação do Arquivo Público, Cleice Menezes. “A partir do momento em que temos uma figura que atuou tanto para a área, devemos manter a memória preservada não só por ela, mas pelas atividades que desempenhou.”
Edição: Marina Mercante