04/04/2017 às 13:46, atualizado em 04/04/2017 às 16:20

Governo prepara mutirão de combate ao Aedes aegypti em órgãos públicos

Ação em 28 de abril terá como foco as escolas, mas também ocorrerá em delegacias, postos de saúde e hospitais. O objetivo é manter os índices da dengue em queda

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília

Brasília vem reduzindo os casos de dengue neste ano em relação a 2016. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado em 29 de março, a diminuição foi de 89,42% — na semana anterior o índice foi 94% menor.

O diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Denílson Magalhães, em reunião que definiu as estratégias de combate ao Aedes aegypti

O diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Denílson Magalhães, em reunião que definiu as estratégias de combate ao Aedes aegypti. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Para manter a queda de ocorrências, o governo de Brasília programa para 28 de abril mutirão para inspecionar órgãos públicos, com foco nas escolas. Estão previstas ações de campo e educativas.

De acordo com um dos coordenadores da força-tarefa de combate ao Aedes aegypti, o major do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal Omar Oliveira Guedes Neto, os estudantes são naturalmente multiplicadores das informações. “Os alunos cobram a constante preocupação de professores e pais”, destacou o militar durante reunião ordinária da Sala Distrital Permanente de Enfrentamento ao Aedes aegypti nesta terça-feira (4).

Além das unidades de ensino, haverá inspeções em delegacias, postos de saúde e hospitais. A exemplo do ano passado, a força-tarefa pretende acionar órgãos públicos federais, como ministérios, para que também participem da ação.

Para o dia 18, está programada capacitação dos profissionais em educação para se tornarem multiplicadores das informações e das técnicas de vistoria em suas unidades de ensino. “A ideia é que isso se transforme em uma ação educativa continuada nas escolas do DF”, explicou o oficial.

Também participam da mobilização a Secretaria de Educação; a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social; a Casa Civil; e o Exército Brasileiro.

Água estocada preocupa a Vigilância Ambiental

Conforme apontou o diretor de Vigilância Ambiental, Denílson Magalhães, uma outra preocupação é a questão domiciliar. Segundo ele, com o racionamento de água no DF, muitas pessoas estão estocando água em casa. “É fundamental que tomem as devidas precauções para não transformar esses reservatórios em criadouros de larvas”, enfatizou.

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Magalhães ressalta que 15 equipes atuam simultaneamente, além dos agentes regionais, na inspeção residencial. O programa Cidades Limpas, atualmente na Fercal e em Sobradinho II, tem o reforço de cerca de 30 militares dos bombeiros e em torno de 20 agentes da vigilância empenhados no combate ao inseto.

Desde novembro de 2016, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, direciona o manejo ambiental com base nas informações colhidas por meio do Levantamento de Índices Rápidos do Aedes aegypti (LIRAa). O indicador é capaz de mostrar o nível de infestação do mosquito e o tipo mais comum de recipiente em que ele está se reproduzindo.

Edição: Paula Oliveira