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10/04/2017 às 09:04, atualizado em 10/04/2017 às 14:24
Unidades Básicas de Saúde nº 8 e nº 10 passaram a funcionar exclusivamente com o novo modelo de atenção primária. Outros postos estão em processo de transição
Para a autônoma Marinalva Silva de Almeida, de 62 anos, receber um agente comunitário de saúde em casa é novidade. E positiva. A visita integra a conversão da nova política de atenção primária do DF, que estabelece que todas as unidades básicas de saúde (UBS) passem a funcionar com a Estratégia Saúde da Família.
O novo modelo prioriza as regiões mais vulneráveis. Em Ceilândia, por exemplo, onde Marinalva mora, foi feito um estudo dos indicadores de vulnerabilidades econômica, social e de saúde de todo o território. Com base nisso, duas unidades básicas de saúde (UBS 8 e UBS 10) mudaram de mistas (funcionavam com os modelos tradicional e novo) para exclusivamente da estratégia.
A UBS onde a equipe de referência de Marinalva fica é a 8. Ela já era atendida no local, mas sob o antigo regime. “Eu usava muito o posto de saúde, mas só quando me sentia mal.”
[Olho texto=”O novo modelo de atenção primária do DF prioriza as regiões mais vulneráveis” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os especialistas que atendiam no lugar mas não aceitaram fazer parte da conversão estão sendo alocados em outros espaços. Lá agora atendem seis equipes de saúde da família, com médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e agentes comunitários.
A gerente da Diretoria de Atenção Primária da Região de Saúde Oeste, Alexandra Miranda, explica que o processo em Ceilândia ocorreu com rapidez graças ao fato de já existirem equipes de saúde da família na região.
Esses grupos, no entanto, atuavam de forma pulverizada. “Eles estavam concentrados em lugares com menor vulnerabilidade. Existiam unidades com apenas uma equipe para atender 3.750 pessoas, em uma unidade com 30 mil pacientes”, detalha. “A cobertura era pouco representativa e não alcançava a população-alvo, que é a mais vulnerável”, conta Alexandra.
[Olho texto=”A mudança permitiu que as Unidades Básicas de Saúde nº 8 e nº 10 ampliassem a cobertura da estratégia de 21,4% e 32%, respectivamente, para 100%” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Na prática, o processo consistiu em retirar esses grupos pulverizados de onde atuavam e reuni-los nesses dois pontos estratégicos. A UBS 10 agora conta com dez equipes (três a mais), até que uma nova seja inaugurada no Sol Nascente.
A mudança permitiu que as Unidades Básicas de Saúde nº 8 e nº 10 ampliassem a cobertura da estratégia de 21,4% e 32%, respectivamente, para 100%. Se levado em conta todo o território de Ceilândia, a cobertura passou de 23,48% para 26,71%.
A região tem 15 unidades básicas de saúde, das quais 11 eram mistas e quatro exclusivamente da estratégia. Com a conversão iniciada, esse último número foi atualizado para seis. O restante está em processo de transição.
A territorialização é uma das peças-chave para que a estratégia seja implementada. Por isso, desde 30 de março, os agentes comunitários visitam as residências da área para cadastrar os pacientes.
“É um momento de reorganização. A gente espera que agora as equipes se apropriem desse território, conheçam a realidade, façam o diagnóstico de saúde do lugar e estabeleçam um planejamento”, pontua Alexandra. As ações obedecerão ao que for colhido nessa fase.
É nesse momento, por exemplo, que se detecta quem precisará ser acompanhado pela equipe em casa por algum problema que dificulte a locomoção ou alguma mulher que esteja grávida e ainda não tenha iniciado o pré-natal.
A filha de Marinalva é enfermeira e aprova a conversão. Ela conta que tinha dificuldade para conseguir atendimento no antigo modelo e que, muitas vezes, precisava ir para a fila às 5 horas, sem garantia de uma consulta.
Agora, ao chegar à unidade, o paciente passa pelo acolhimento, etapa em que já sabe qual é o problema e, se necessário, tem a consulta marcada. “Isso é possível porque é a equipe que promove a saúde pública, não é apenas o especialista”, destaca o gerente de Serviços de Atenção Primária da UBS 8, Jean Paul Fraussat de Lima.
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Cada membro da equipe tem papel determinante. “Os profissionais da Estratégia Saúde da Família têm níveis de resolubilidade de cunho individual, mas que também fazem um efeito no somatório”, resume a superintendente da Região de Saúde Oeste, Talita Lemos Andrade. Ela conta que prova disso é o fato de, durante as reuniões, as equipes compartilharem as informações sobre a situação de pacientes.
A nova política de atenção primária do DF foi definida pela Portaria nº 77, de 2017, que prevê que todas as unidades básicas funcionem com equipes da Estratégia Saúde da Família. A conversão do antigo modelo para o novo é progressiva: até junho, todos os locais que ainda atendem sob as regras tradicionais deverão estar em transição.
Edição: Marina Mercante