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25/04/2017 às 16:42, atualizado em 26/04/2017 às 09:30
Ataque de pragas e queda no valor da comercialização são os problemas que mais preocupam
Com o objetivo de fazer um levantamento sobre a situação do cultivo protegido de hortifrútis, os técnicos da Expedição Safra-Brasília percorreram 157 propriedades de 3 a 20 de abril.
Plantações em estufas, campo telado, casa de vegetação e túneis foram os alvos da atuação. Nessa edição do trabalho, os produtores responderam a um questionário com 88 perguntas sobre plantio, gestão e venda.
De acordo com o secretário adjunto da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Sebastião Márcio Lopes de Andrade, a expedição foi concentrada na zona rural de Planaltina pelo fato de a região reunir mais de 50% desse tipo de produção no DF.
As perdas causadas por pragas também justificaram a opção. “Focamos no cultivo protegido em virtude das quedas relatadas pelos agricultores, tanto em relação à produção quanto às vendas”, explica o adjunto. E foi justamente o que uma avaliação preliminar constatou.
[Olho texto='”Focamos no cultivo protegido em virtude das quedas relatadas pelos agricultores, tanto em relação à produção quanto às vendas”‘ assinatura=”Sebastião Márcio Lopes de Andrade, secretário adjunto da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Conforme explica Andrade, após percorrer aproximadamente 100 hectares e analisar os primeiros questionários, o grupo percebeu que as pragas contribuíram significativamente para as perdas, com destaque para o [tooltip title=”Uma das principais pragas do morangueiro nos principais centros de produção do Brasil.” placement=”top”]ácaro-rajado[/tooltip].
Outro fator é o alto custo de produção associado à queda no preço final do produto, em alguns casos com cerca de 30% a 40% de desvalorização em relação ao ano passado.
A falta de chuvas, que culminou na crise hídrica, e a redução no consumo por parte da população também foram recorrentes nessa visita preliminar.
Com essas informações em mãos, a pasta pretende tabular os dados e buscar soluções em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), a Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em reunião com os agricultores no dia 18, durante o evento chamado Roda de Prosa, o secretário José Guilherme Leal destacou que já existem soluções para alguns dos problemas detectados, “mas para outros precisaremos desenvolver metodologias de atuação”.
Em 2016, primeiro ano da Expedição Safra-Brasília, foram percorridos mais de 10 mil quilômetros em três etapas, quando os técnicos analisaram produções de soja, de milho e cultivos irrigados. “A divisão do trabalho obedeceu à safra do plantio dos grãos de acordo com o calendário agrícola”, justificou o secretário adjunto.
Edição: Paula Oliveira