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26/04/2017 às 16:50, atualizado em 20/06/2017 às 14:52
Vencedora de licitação tem oito meses de prazo, mas expectativa é que obra esteja pronta em setembro. Solenidade foi nesta quarta-feira (26), no Palácio do Buriti
A empresa que fará as intervenções para captação emergencial de água no Lago Paranoá assinou o contrato com os governos de Brasília e federal nesta quarta-feira (26), no Palácio do Buriti. O prazo para entrega é de oito meses segundo o certame, mas a expectativa é que a obra esteja concluída em setembro.
Além do governador Rodrigo Rollemberg, assinaram o documento o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho; o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice; e o representante da Enfil S.A Controle Ambiental, vencedora da licitação, Paulo Modesto.
“Desde o início do nosso governo, tivemos a percepção clara da necessidade de investimentos, que não eram feitos há 16 anos no DF. Essa obra é muito importante para amenizar os efeitos da crise hídrica”, avaliou Rollemberg. Entre as melhorias em curso, ele citou o Sistema do Bananal, previsto ainda para o segundo semestre deste ano.
[Olho texto='”Desde o início do nosso governo tivemos a percepção clara da necessidade de investimentos, que não eram feitos há 16 anos no DF”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Para reforçar a relação de parceria entre os governos local e federal, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, destacou que “esse é o caminho possível para ofertar segurança hídrica à população”.
Ele também pontuou que a crise hídrica preocupa em nível nacional. “A estiagem atinge o Nordeste há seis anos e mais recentemente chegou a outras regiões, como o Sudeste, onde não acontecia.”
Quando finalizado, o chamado Subsistema Produtor do Lago Norte vai reforçar o abastecimento em 700 litros por segundo. Antes de qualquer intervenção visível no Lago Paranoá, a empresa já trabalha em serviços externos de montagem e compra, como a importação de membranas para tratar a água.
“A parte fundamental são os equipamentos. Não estamos construindo uma estação de tratamento de água, estamos adquirindo uma. A empresa já começou a fabricar. Ela tem de montar todos os equipamentos para trazer e fazer a montagem”, explicou Luduvice.
O valor final da obra ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado, que era de R$ 49.437.958. Com isso, a diferença retornará para o ministério, que havia liberado R$ 55 milhões.
O recurso é oriundo da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração Nacional.
Além do Bananal, Brasília conta com investimentos para as obras do sistema de captação e distribuição de água na Barragem de Corumbá 4 e ações de fiscalização, como o combate à ocupação desordenada do solo e à grilagem de terras públicas.
Há ainda ações para revitalizar canais no Descoberto e evitar o desperdício de água. “Temos um conjunto de obras [em andamento] para garantir o abastecimento no DF nos próximos anos com tranquilidade e segurança. Com as obras concluídas, esperamos encerrar a crise hídrica no DF”, ressaltou o governador.
A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura, que vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte, é uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar água.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Santa Maria-Torto.
[Olho texto=”Quando finalizado, o Subsistema Produtor do Lago Norte vai reforçar o abastecimento em 700 litros por segundo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Com isso, a água do Sistema Produtor Santa Maria-Torto que ia para o Lago Norte e o Paranoá passa a seguir para o reservatório do Cruzeiro, de onde será levada para cidades abastecidas hoje pelo Sistema Produtor do Descoberto.
Inicialmente havia a possibilidade de a água ser distribuída também por meio do reservatório do Parque da Cidade. Agora, porém, a Caesb estuda que será mais viável utilizar apenas o do Cruzeiro.
O bombeamento desse ponto vai atender Águas Claras (zona média e zona baixa), Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I, Guará II, Lucio Costa, Núcleo Bandeirante e Setor de Mansões Park Way Quadras 1 a 5.
Para que seja levada água da Estação de Tratamento de Brasília (que fica perto do Detran) ao reservatório do Cruzeiro — e de lá ela seja bombeada a outras regiões administrativas —, a Caesb precisará fazer algumas adequações. Entre elas, troca de bombas e revisão do sistema elétrico. O valor dependerá de licitação futura.
Segundo Luduvice, há possibilidade de usar recursos da tarifa de contingência para essa finalidade, se houver autorização da Adasa, ou buscar nova parceria com o governo federal.
O presidente reforçou que a qualidade da água captada no Paranoá será assegurada pela companhia por meio do tratamento adequado. “A população pode ficar totalmente tranquila. O padrão de qualidade será o mesmo do que é distribuído hoje por meio das demais captações.”
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O apoio da população será fundamental para enfrentar a crise, segundo o governador Rollemberg, visto que o nível dos reservatórios está pela metade e as chuvas, que ainda ocorrem de maneira isoladas, são insuficientes.
“Precisamos que a população continue muito mobilizada, usando só o necessário. Se todos ajudarem vamos garantir água para todos ao longo da seca”, reforçou.
Edição: Vannildo Mendes