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02/05/2017 às 16:48, atualizado em 03/05/2017 às 09:02
Capacitação na Casa da Mulher Brasileira tem como objetivo principal dar oportunidades profissionais a mulheres atendidas pela instituição
A Casa da Mulher Brasileira entregou 20 certificados para vítimas de violência doméstica nesta terça-feira (2). Elas se formaram em massoterapia, capacitação oferecida pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
O curso foi um complemento do módulo básico da técnica, que as alunas já haviam concluído em 2016, pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Mulheres Mil, do Ministério da Educação.
Na ocasião, elas tiveram 40 horas de aulas e contaram com quatro especializações em estética: drenagem linfática pós-operatório, argiloterapia, gessoterapia e limpeza de pele.
Zenilda Barbosa Fernandes, de 55 anos, foi uma das certificadas pela Casa da Mulher Brasileira hoje. Ela foi acolhida em junho de 2016 depois de ter passado por violências física, verbal e moral cometidas pelo parceiro com quem morava havia sete anos. Com uma profissão, ela passa a ter perspectiva de entrar para o mercado de trabalho, pois, antes, o agressor a impedia de ter independência.
[Olho texto='”A partir do processo de profissionalização, elas podem reverter essa situação de vulnerabilidade para que no futuro ocupem bons postos no mercado de trabalho”‘ assinatura=”Márcia Alencar, secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Hoje, ela está instalada em uma unidade de acolhimento de mulheres vítimas de violência e garante que, quando tiver na própria casa, vai começar a atender clientes. “É como se eu resgatasse todos aqueles anos perdidos que eu passei com ele”, disse. “A minha superação veio foi por causa dos cursos, eu me sinto muito forte agora.”
A solenidade contou com a presença da secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Márcia de Alencar. “A partir do processo de profissionalização, elas podem reverter essa situação de vulnerabilidade para que no futuro ocupem bons postos no mercado de trabalho”, disse.
O segundo curso, concluído neste ano, contou com o apoio da Embaixada da Austrália, que fez um evento beneficente para custear o material e o auxílio-transporte das alunas. Servidores do Banco do Brasil também se organizaram para comprar os jalecos. Além dessas parcerias, o grupo Salto Alto ministrou uma oficina de empreendedorismo para as alunas.
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A fisioterapeuta Anna Izabel do Carmo, professora do curso da Secretaria do Trabalho, afirma que a capacitação continuada aprimorou o que muitas alunas já haviam aprendido no curso anterior. “Muitas delas chegaram amuadas e agora estão de cabeça erguida e confiantes para atender clientes.”
As participantes ganharam com o certificado do curso um kit para dar início ao trabalho. São materiais como argila, gesso, algodão, jalecos. Assim, elas já podem fazer os primeiros atendimentos sem custo algum.
As mulheres contempladas foram encaminhadas pela Casa da Mulher Brasileira e pelo Centro de Atendimento à Mulher de Ceilândia.
Casa da Mulher Brasileira
SGAN 601, Lote J, Plano Piloto (atrás do Serpro)
(61) 3224-6221
Centro de Atendimento à Mulher de Ceilândia
QNM 2, Conjunto F, Lotes 1/3
(61) 3373-6668
Disque Denúncia local
156, opção 6
Disque Denúncia nacional
180
Edição: Paula Oliveira