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03/05/2017 às 15:33, atualizado em 04/05/2017 às 08:23
Iniciativa tem o objetivo de evitar e combater os incêndios florestais no Cerrado. São cinco fases de atuação, das quais participam áreas de meio ambiente e da segurança pública do governo de Brasília
O trabalho de prevenção e combate a incêndios florestais começa oficialmente nesta quarta-feira (3), com o início da Operação Verde Vivo. A iniciativa é resultado de um esforço conjunto das áreas ambiental e da segurança pública do governo de Brasília para estimular a prevenção de queimadas no período de estiagem.
A solenidade de lançamento ocorreu no Estacionamento 12 do Parque da Cidade, com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, da Polícia Militar do Distrito Federal, das Secretarias do Meio Ambiente e da Segurança Pública e da Paz Social, da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), da Marinha e da Aeronáutica.
A Operação Verde Vivo se divide em cinco fases, que seguem conforme a seca aumenta e a umidade relativa do ar diminui. Com a situação de escassez hídrica pela qual passa o DF, a iniciativa foca os esforços no combate às queimadas e na preservação dos recursos hídricos do DF.
“Tem chovido quase que a metade da média considerada normal. Estamos vivenciando o que os cientistas do Painel Mundial do Clima projetaram para daqui a 50 anos. Isso significa que precisamos, cada vez mais, prevenir as queimadas”, destacou o secretário do Meio Ambiente, André Lima.
A primeira etapa é a de prevenção e tem fundamental importância para evitar os grandes desastres causados pelo fogo, como explicou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, coronel Hamilton Santos Esteves Junior.
“Este é o momento em que iniciamos as tratativas, que julgo o mais importante, para que na fase mais crítica de resposta aos incêndios florestais estejamos preparados e sejamos capazes de minimizar os efeitos da estiagem”, disse.
Em 2016, foram 6.887 ocorrências de queimadas em todo o DF, o que significou 17.392 hectares de área queimada.
A primeira etapa vai até o fim de maio e se baseia no trabalho de conscientização das pessoas — em especial, os moradores de áreas rurais.
Também haverá treinamento dos militares que vão atuar no combate ao incêndio no Cerrado. Por isso, na cerimônia de hoje foram entregues 3 mil equipamentos de proteção individual aos bombeiros.
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As roupas são confeccionadas em material resistente ao fogo, com tecido que se carboniza e não se desmancha em contato com as chamas.
Nesse estágio, também são produzidos os abafadores, instrumento muito usado pelos militares em campo. Um deles foi montado na solenidade de lançamento pelo secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Edval de Oliveira Novaes Júnior.
Como parte da prevenção, também foram entregues cinco viaturas do tipo autotanque, com capacidade para transportar 10 mil litros de água, e 11 viaturas do tipo autotransporte de tropas.
Com a aquisição, a corporação soma 25 veículos desse tipo para acessar as áreas rurais. Além disso, o Corpo de Bombeiros tem 24 viaturas do tipo autobomba tanque florestal, dois helicópteros, dois aviões de combate ao fogo e um de monitoramento.
O acompanhamento da evolução das queimadas será feito em tempo real, por meio de convênio entre Corpo de Bombeiros e Terracap para que os militares que atuam na área estratégica de combate às queimadas tenham acesso ao banco de dados TerraGeo, com imagens georreferenciadas do território em tempo real.
“Esse convênio é de suma importância para a prevenção dos incêndios florestais no DF”, avaliou o comandante Hamilton. O monitoramento também será reforçado por imagens coletadas por um drone adquirido pela corporação.
Uma vez concluída a etapa de preparação para as queimadas, o Corpo de Bombeiros Militar se mobiliza para os primeiros atendimentos. A segunda, em junho, prevê que três unidades da corporação fiquem de prontidão para atender ocorrências de fogo no Cerrado. São elas: Asa Norte, Samambaia e Santa Maria.
Em julho e agosto, passa-se à terceira fase da operação, em que a umidade não está tão baixa, mas começam os incêndios maiores.
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Em setembro, ocorre o período mais crítico da seca, com temperaturas altas e umidade relativa do ar abaixo dos 25%. O efetivo diário do Corpo de Bombeiros é de 300 militares focados no combate às queimadas.
Em outubro e em novembro, chega-se ao final da Verde Vivo, que dura até a vegetação recuperar a umidade e os incêndios acabarem.
Edição: Paula Oliveira