05/05/2017 às 16:32, atualizado em 05/05/2017 às 17:06

Memorial dos Povos Indígenas fechará no dia 8 para reparos

Previsão é que as obras comecem na quarta-feira (10) e sigam por 30 dias corridos

Por Larissa Sarmento, da Agência Brasília

O Memorial dos Povos Indígenas estará fechado a partir desta segunda-feira (8) para reparos na estrutura. Haverá troca de alguns vidros e de todas as películas, o que contribuirá para reduzir a temperatura interna do prédio e preservar as obras do acervo.

Vidros e películas danificados são foco dos reparos no Memorial dos Povos Indígenas.

Vidros e películas danificados são foco dos reparos no Memorial dos Povos Indígenas. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A previsão é que a intervenção comece na quarta-feira (10) e dure 30 dias corridos, tempo em que o museu ficará fechado para visitação.

O custo será de R$ 76.980. Esse valor está dentro da licitação de R$ 4,5 milhões feita pela Secretaria de Cultura para fazer recuperações, reformas e manutenção de equipamentos culturais, como o Museu Nacional e a Biblioteca Pública de Brasília.

Proteção do acervo do Memorial dos Povos Indígenas

O centro do prédio do memorial é descoberto, e o acervo fica em uma área que circula a arena e que fica protegida do sol por vidros com películas.  O material está desgastado e, por isso, precisa ser substituído para que o calor não danifique as obras expostas.

Segundo Gustavo Pacheco, subsecretário de Patrimônio Cultural, o museu começou a ser construído em 1987. “É uma data mais que oportuna para pensar no papel do memorial para os povos indígenas.”

Além dos 30 anos do início das obras, 2017 também é marcado pelos 20 anos da morte de três pessoas importantes para o local: Darcy Ribeiro, Berta Ribeiro e o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos.

Os antropólogos Darcy Ribeiro e Berta Ribeiro foram idealizadores do museu, que foi projetado por Oscar Niemeyer. O casal doou peças representativas de várias etnias, que ainda fazem parte do acervo do memorial.

O índio Galdino Pataxó, incendiado em 1997 por um grupo de jovens enquanto dormia em um ponto de ônibus da W3 Sul, é, para Pacheco, “um marco da resistência dos povos indígenas no Brasil”.

O Memorial dos Povos Indígenas foi construído em forma de espiral, que remete a uma maloca redonda dos índios Yanomami. São 2.984,08 metros quadrados de área construída que abrigam peças que mostram a diversidade e riqueza da cultura indígena brasileira.

Edição: Paula Oliveira