16/05/2017 às 08:53, atualizado em 16/05/2017 às 09:24

Biometria facial começa a ser testada no transporte público de Brasília

Frota da Piracicabana, que faz o trajeto Rodoviária-UnB, será utilizada como piloto do novo sistema. As câmeras já foram fixadas em dez veículos da empresa

Por Cibele Moreira, da Agência Brasília

Parte das diretrizes previstas na regulamentação do Sistema de Bilhetagem Automática, a tecnologia da biometria facial no transporte público já começou a ser usada em fase de teste. A linha 110 da empresa Piracicabana, que faz o trajeto Rodoviária-Universidade de Brasília (UnB), foi a escolhida para experimentar o novo sistema.

Frota da Piracicabana, que faz o trajeto Rodoviária-UnB, será utilizada como piloto do novo sistema. As câmeras já foram fixadas em dez veículos da empresa.

Frota da Piracicabana, que faz o trajeto Rodoviária-UnB, será utilizada como piloto do novo sistema. As câmeras já foram fixadas em dez veículos da empresa. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Nesse primeiro momento, foram fixadas câmeras acima dos validadores — nos quais o usuário passa o cartão — em dez ônibus da linha. A concessionária começou a testar os equipamentos que serão utilizados para identificar eventuais fraudes no uso dos benefícios da gratuidade nos transportes coletivos.

O próximo passo é a atualização da foto, em alta resolução, no cadastro do passe estudantil de um grupo de alunos da UnB. Caberá ao Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) fazer a modernização no sistema.

[Olho texto='”As imagens ajudarão a identificar se quem está passando o cartão de passe livre é realmente o beneficiário”‘ assinatura=”Dênis de Moura Soares, secretário adjunto de Mobilidade” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A medida vai facilitar a comparação das imagens captadas pela biometria facial. Se os resultados forem positivos, o projeto será ampliado para as demais linhas de transporte público do DF, inclusive o metrô.

De acordo com o secretário adjunto de Mobilidade, Dênis de Moura Soares, o método é a melhor forma de coibir a utilização indevida dos benefícios. “As imagens ajudarão a identificar se quem está passando o cartão de passe livre é realmente o beneficiário.”

O funcionamento é simples. No momento em que o usuário passar o cartão de passe livre, várias imagens serão captadas pela câmera de biometria e encaminhadas para um banco de dados.

Caso haja incompatibilidade de perfil, uma equipe técnica avaliará se realmente houve fraude e, posteriormente, tomará providências para o bloqueio do benefício.

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Soares pondera que o benefício não será bloqueado imediatamente. Além da análise técnica, o usuário terá a possibilidade de recorrer, para verificação se houve equívoco no reconhecimento.

A intenção é que toda a frota de coletivos do Distrito Federal contenha o dispositivo de imagem. A atualização das fotos no cadastro dos beneficiários será feita de forma gradativa.

Edição: Vannildo Mendes