26/05/2017 às 09:08, atualizado em 02/06/2017 às 17:02

Brasília garante estudo para todas as crianças de 4 e 5 anos

Desde 2015, foram criadas cerca de 18 mil vagas, o que supriu a demanda de pais que procuraram a educação pública

Por Renaro Cardozo, da Agência Brasília

Os recursos para a construção da Escola Técnica do Guará são do governo federal (R$ 7.499.984,25), do financiamento do Banco do Brasil (R$ 1.111.234,20) e do governo de Brasília (R$ 4.183.162,04) — e não da Secretaria de Educação, conforme publicado anteriormente.

Em atenção ao Plano Distrital de Educação, aprovado em 2015, o governo de Brasília garantiu neste ano o cumprimento de uma das metas do programa: a universalização do acesso de crianças de 4 e 5 anos às redes de educação pública e conveniada do Distrito Federal.

Desde 2015, foram criadas cerca de 18 mil vagas, o que suprimiu a demanda de pais que procuraram a educação pública, via Telematrícula (156).

Desde 2015, foram criadas cerca de 18 mil vagas, o que supriu a demanda de pais que procuraram a educação pública via Telematrícula (156). Foto: Dênio Simões/Agência Brasília-1.10.2016

Segundo o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Fábio Pereira de Sousa, da Secretaria de Educação, desde o início desta gestão foram criadas cerca de 18 mil vagas.

O dado foi apresentado ao governador Rodrigo Rollemberg, na terça-feira (23), em reunião de acordo de resultados com representantes da pasta de Educação. “Toda a demanda de pais e responsáveis que procuraram, via Telematrícula [156], por vagas em 2017 foi suprida”, afirmou o subsecretário.

O alcance da meta alinha-se com o programa Criança Candanga, compromisso do governo de Brasília em promover e assegurar o direito da criança e seu desenvolvimento integral, da primeira infância à adolescência.

Queda da evasão escolar

As taxas de abandono escolar do 1º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio também alcançaram resultados positivos. As metas para 2016 foram batidas. Do 1º ao 5º ano, que era de 0,61%, está em 0,35%. E a meta de 4%, do 6º ao 9º ano, está em 3,16%.

[Olho texto='”O motivo da melhora nas taxas deve-se a projetos que tornam a escola mais atrativa. O aluno se sente parte do processo”‘ assinatura=”Fábio Pereira de Sousa, subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O ensino médio, com planejamento de 7,39%, está em 7,22%. “O motivo dessa melhora nas taxas deve-se principalmente a projetos da secretaria que tornam a escola mais atrativa. O aluno se sente parte do processo”, disse Sousa.

Entre as iniciativas, o subsecretário cita a implementação da educação integral. Das 778 unidades escolares no DF, 362 oferecem a educação em tempo integral, o equivalente a 46,56%.

Só neste ano, a secretaria ampliou a quantidade de locais com ensino em tempo integral com a inauguração de cinco centros de educação de primeira infância (Cepis), 13 unidades de ensino médio e 17 escolas classes vinculadas às cinco Escolas Parque.

No início deste ano letivo, 54.204 estudantes foram atendidos por esse modelo de ensino. Com isso, o governo chegou a 13,11% da meta prevista para 2017. Até o fim do ano, o objetivo é chegar a 14,3%, ou seja, mais 5 mil alunos. Isso representará cerca de 17 mil discentes a mais que em 2016 (42.216).

Oferta de cursos técnicos

Outro motivo apontado para a redução da evasão escolar é a oferta de cursos profissionalizantes, concomitantes ao ensino médio. Hoje, são cerca de 5.364 estudantes.

[Numeralha titulo_grande=”362″ texto=”Número de escolas do DF que oferecem educação em tempo integral” esquerda_direita_centro=”direita”]

Até o fim do ano, o governo espera abrir 1.358 vagas em 24 cursos presenciais e quatro a distância. Isso se dará com a abertura de outras escolas técnicas, como a do Guará, que está com as obras 95% executadas.

A previsão de entrega é agosto. A instituição, construída na QE 17/19, foi visitada, na terça-feira (23), pelo governador Rodrigo Rollemberg.

Já no segundo semestre de 2017, será oferecido o curso de técnico em finanças. A quantidade de vagas e os horários das aulas ainda não foram definidos.

O prédio terá 12 salas de aula e cinco laboratórios — três de informática e dois multiúsos. A capacidade é para cerca de 2 mil alunos, com investimento de R$ 11.683.146,29. Os recursos são do governo federal (R$ 7.499.984,25), do financiamento do Banco do Brasil (R$ 1.111.234,20) e do governo de Brasília (R$ 4.183.162,04).

Edição: Vannildo Mendes