30/05/2017 às 16:31, atualizado em 31/05/2017 às 09:11

Fórum de governadores debate melhoria do ambiente econômico do País

Projeto de lei que permite securitização de dívidas foi um dos assuntos tratados no encontro na Residência Oficial de Águas Claras nesta terça (30) com o chefe do Executivo local, Rodrigo Rollemberg

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Governadores e representantes de 17 estados brasileiros reuniram-se na manhã desta terça-feira (30) com o chefe do Executivo local, Rodrigo Rollemberg, em mais um Fórum Permanente de Governadores. No encontro, na Residência Oficial de Águas Claras, foram tratados temas para a melhoria do ambiente econômico do País.

Encontro do Fórum Permanente de Governadores ocorreu nesta quarta-feira (30), na Residência Oficial de Águas Claras.

Encontro do Fórum Permanente de Governadores ocorreu nesta terça-feira (30), na Residência Oficial de Águas Claras. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O objetivo, segundo Rollemberg, foi traçar uma agenda positiva de interesse do Estado e da sociedade, com assuntos como a ampliação do prazo para pagamento de precatórios. “Também vamos trabalhar para que a compensação previdenciária possa ser descontada e para que aquilo que a gente tem a receber da União seja descontado daquilo que pagamos de INSS todos os meses. Isso vai desafogar o governo de Brasília, especialmente diante do que pagamos ao Iprev [Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal].”

Os governadores ainda debateram o projeto de lei que permite a securitização de dívidas. “Estamos fazendo um esforço tamanho para que os governos estaduais consigam pagar suas dívidas com os servidores públicos, os fornecedores e os prestadores de serviço e que tenhamos recurso para fazer investimentos tão importantes para a melhoria de vida da nossa população.”

À tarde, a pauta foi levada para discussão com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Rodrigo Maia.

Além de Rollemberg, participaram do fórum os governadores do Acre, Tião Viana; de Alagoas, Renan Filho; da Bahia, Rui Costa; do Ceará, Camilo Santana; de Goiás, Marconi Perillo; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; de Pernambuco, Paulo Câmara; do Piauí, Wellington Dias; do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Rio Grande do Norte, Robinson Faria; de São Paulo, Geraldo Alckmin; de Sergipe, Jackson Barreto; e do Tocantins, Marcelo Miranda.

Também compareceram as vice-governadoras de Mato Grosso do Sul, Rose Modesto; e da Paraíba, Ana Lígia Feliciano; e o vice do Rio Grande do Sul, José Paulo Dornelles. O Espírito Santo foi representado pelo chefe de Gabinete do governo, Paulo Roberto Ferreira.

Doações legais e declaradas

Mais cedo, em visita a obras no Sol Nascente, em Ceilândia, Rodrigo Rollemberg, falou sobre acusações de que teria recebido, em 2014, propina disfarçada de doação oficial para a campanha ao cargo de governador de Brasília.

“Desafio qualquer executivo da JBS a apontar qualquer contrapartida ou benefício dado pelo governo de Brasília em função dessas doações. Muito pelo contrário. O centro de comercialização que eles tinham em Brasília foi fechado porque não encontraram aqui os benefícios tributários que consideravam vantajosos”, disse Rollemberg.

E complementou: “Qualquer doação oficial, se deram esperando qualquer contrapartida, quebraram a cara. Eles fizeram uma generalização, como se toda doação oficial fosse propina. No caso do DF, recebemos R$ 500 mil para o PSB, e o recurso foi transferido paulatinamente para a campanha. E recebemos diretamente R$ 450 mil. Em nenhum momento, foi discutido qualquer benefício ou contrapartida para a JBS. Estamos absolutamente tranquilos em relação a isso”.

Edição: Raquel Flores