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06/06/2017 às 14:29, atualizado em 06/06/2017 às 15:05
Caesb também destinará parte dos R$ 41 milhões arrecadados com a taxa para obras no Reservatório do Descoberto que permitam a utilização do volume morto — reserva técnica de água que fica abaixo dos canos de captação
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) definiu onde investirá parte do recurso arrecadado com a tarifa de contingência, que vigorou em Brasília de outubro de 2016 a 1º de junho de 2017.
Aplicada aos moradores que consumiram mais de 10 metros cúbicos de água por mês, a taxa fez com que a Caesb arrecadasse R$ 41 milhões (valor líquido) até abril deste ano — os números de maio ainda não foram fechados.
Desse montante, aproximadamente R$ 28 milhões serão destinados a campanhas educativas e a obras de modernização de sistemas de abastecimento da capital do País.
Segundo o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, R$ 15,6 milhões servirão para adaptar a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Brasília, na Asa Norte.
O projeto consiste em readequar a estação elevatória da ETA, de modo que ela tenha condições de fazer a transposição de água do reservatório do sistema Torto-Santa Maria para o do Descoberto, uma vez que a captação do Lago Paranoá e do Subsistema do Bananal vai minimizar a vazão do Torto-Santa Maria.
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Para isso, a Caesb vai comprar novas bombas, aumentar a quantidade de tubulações e reforçar o quadro elétrico da estação.
“O Bananal e o Lago Paranoá estão mais perto da Bacia de Santa Maria. Então, aumentando a capacidade de produção de Santa Maria, poderemos aplicar uma escada: transferimos do Bananal e do Lago Paranoá para o sistema de Santa Maria e de Santa Maria para o Descoberto”, explicou Luduvice.
Outros R$ 9,3 milhões devem ser destinados para obras que permitam a utilização do volume morto — reserva técnica de água que fica abaixo dos canos de captação — do Reservatório do Descoberto.
Os recursos auferidos com a tarifa de contingência também vão fomentar campanhas sobre uso racional de água. Neste primeiro momento, serão cerca de R$ 2,7 milhões para essa finalidade.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 2,7 milhões” texto=”Montante a ser usado em campanhas sobre uso racional de água” esquerda_direita_centro=”direita”]
“A situação ainda é muito delicada, e, partir de agora, o que vamos fazer é a gestão de estoque de água acumulada no período chuvoso. Então, a sociedade tem de manter a política de economia e evitar desperdício”, destacou o presidente da Caesb.
O restante do dinheiro vindo da tarifa de contingência será usado com base nas demandas que surgirem. As intervenções propostas pela Caesb dependem de aprovação da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF).
Além da tarifa de contingência, outra estratégia do governo de Brasília para evitar perdas de água é combater a grilagem de terras públicas.
[Olho texto='”O combate à ocupação irregular do solo é importante porque preserva as captações de água onde gatos são feitos, provocando vazamentos”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Na abertura do 2º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no Distrito Federal, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ressaltou que a presença de edificações em áreas inadequadas sobrecarrega os canais de distribuição da Caesb e acarreta prejuízos.
“Nesse sentido, o combate à ocupação irregular do solo é importante porque preserva as captações de água onde gatos são feitos, provocando vazamentos”, disse o governador, nesta terça-feira (6).
Edição: Raquel Flores