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15/06/2017 às 22:23, atualizado em 16/06/2017 às 12:01
Palestra sobre soluções para cidades inteligentes fechou a programação desta quinta-feira (15) na Campus Fórum
O aprimoramento das formas da administração pública para atender a sociedade foi o tópico principal do painel Boas Práticas em Empreendedorismo e Soluções Tecnológicas para Cidades Inteligentes e Humanas, no estande do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, na tarde desta quinta-feira (15) na Campus Party Brasília.
Foi o último painel do dia no Campus Fórum. Entre as abordagens dos participantes, destacou-se que é preciso melhorar a interação entre governo, sociedade e organizações privadas.
“Precisamos destruir a cultura de público contra privado. Existe uma crença de que o empresário é algoz e que, se as coisas dão errado, é culpa do governo. Se a sociedade não der as mãos, a gente não resolve nossos problemas”, discursou o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, enquanto mediava o diálogo.
Segundo o chefe da Assessoria de Relações Institucionais da Controladoria-Geral do DF e um dos palestrantes do painel, Duque Dantas, é desafio do governo integrar a gestão pública. Para explicar, ele deu um exemplo de como nenhum órgão da administração de Brasília atua individualmente.
“Se ocorre um acidente com uma bicicleta, a Secretaria de Saúde e o Corpo de Bombeiros são acionados. Se for em horário de fluxo intenso, entram as forças policiais e um departamento de trânsito”, justificou Dantas.
O palestrante também defendeu que a integração para ter uma cidade mais inteligente precisa ocorrer em três níveis. O primeiro, entre as pessoas. Depois, é por meio de infraestrutura, com troca de informações entre organizações e órgãos.
O último é no nível eletrônico, que ele exemplificou com o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), em processo de implementação no governo de Brasília.
Em visita à Campus Party, o policial civil Raphael Felipe, de 31 anos, ficou interessado no painel e acredita que a integração pode ser um caminho para diminuir gastos. “Não só em termos financeiros, mas também de recursos humanos, o que torna o atendimento ao cidadão mais eficiente.”
Antes, o fórum teve o painel O Parque Tecnológico BioTIC e a Política de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, no mesmo estande. Nele, foi apresentado o BioTIC – Parque Tecnológico, criado em janeiro de 2017 e em fase de implementação.
[Olho texto='”A gente tem que criar condições para que nossos jovens não queiram sair de Brasília e apliquem o conhecimento deles aqui”‘ assinatura=”Mauro Carneiro, subsecretário de Desenvolvimento Científico e Tecnológico” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“Brasília tem uma base sólida de conhecimento, mas não tem um parque tecnológico pujante. Ele vai reunir a empresa e a academia e gerar negócios para uma nova economia do conhecimento com empresas fortes e competitivas”, detalhou o gerente do projeto do BioTIC na Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Hideraldo Almeida.
Com a estrutura do parque, será possível receber 1,2 mil empresas das áreas de tecnologia da informação e comunicação e biotecnologia, com potencial para 25 mil empregos diretos.
O subsecretário de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Mauro Carneiro, disse que parte da proposta do BioTIC é que a sociedade também participe da inovação tecnológica da cidade.
“A secretaria [adjunta de Ciência, Tecnologia e Inovação, ligada à Casa Civil] está aberta. A gente tem que criar condições para que nossos jovens não queiram sair de Brasília e apliquem o conhecimento deles aqui”, concluiu o subsecretário.
Alexandre Gomes, empresário de 47 anos, concorda com a necessidade de criação do parque. “Brasília fica para trás em relação a várias cidades no que diz respeito a desenvolvimento de tecnologia. Esse parque tem que sair com a força para alcançarmos outros lugares em termos de economia.”
Ainda nesta quinta-feira (15), a Politica Distrital de Ciência, Tecnologia e Inovação – Inova Brasília foi apresentada por Francimara Viotti, secretária adjunta de Gestão Estratégica da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, em uma palestra no palco Inovação da Campus Party.
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“Brasília é uma cidade inovadora, desde o desenho. A ideia com o Inova Brasília é que a sociedade participe para nos ajudar a desenvolver projetos inovadores”, disse. Francimara citou o Hackathon, que teve início no evento nacional, como um dos projetos.
O estudante da Universidade de Brasília Emanuel Gonçalvez, de 27 anos, assistiu à palestra. “Achei interessante porque o Inova Brasília passa a impressão de que vamos criar uma comunidade em uma rede mais ampla e sustentável para a cidade”, observou.
Edição: Marina Mercante