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20/06/2017 às 17:00, atualizado em 20/06/2017 às 18:26
Material vai servir de base para a estação de tratamento de água do Subsistema Produtor Lago Norte. Total executado das intervenções é de 16%
A obra de captação emergencial no Lago Paranoá está com fundações e concretagem praticamente concluídas. Isso significa que 16% das intervenções estão executadas. A instalação da estação de tratamento de água vai ocorrer perto do fim dos trabalhos, previsto para setembro.
O material já construído vai servir de base para a estrutura que vai captar cerca de 700 litros de água por segundo com tecnologia de ponta e desafogar o Sistema Produtor do Descoberto. A obra tem sido chamada de Subsistema Produtor do Lago Norte.
Segundo o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Maurício Luduvice, a construção não é apenas no local da obra. “É importante citar que, além do trabalho aqui no DF, a fabricação e a montagem dos equipamentos ocorre em São Paulo”, afirma. A empresa responsável pela obra, Enfil S.A Controle Ambiental, é paulista.
O valor da intervenção ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado, que era de R$ 49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para o governo de Brasília — o dinheiro restante volta para a pasta federal.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 42 milhões” texto=”Valor da obra de captação emergencial de água no Lago Paranoá, 15% abaixo do orçamento inicial” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, Parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto.
Com a captação emergencial no Lago Paranoá, a água do Santa Maria-Torto que ia para o Lago Norte e o Paranoá passa a seguir para outros dois reservatórios — um no Parque da Cidade e outro no Cruzeiro.
O bombeamento desses dois pontos vai atender Águas Claras (zona média e zona baixa), Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I, Guará II, Lucio Costa, Núcleo Bandeirante e Setor de Mansões Park Way, Quadras de 1 a 5. Hoje, todas essas regiões são abastecidas pelo Descoberto.
Em 11 de maio, as obras na parte goiana do Sistema Produtor Corumbá 4 foram liberadas. A retomada está prevista para julho. O fornecimento será de até 5,6 mil litros por segundo e vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF, além de desafogar o Descoberto.
A parte do DF — que está 68% concluída — independe de recursos do Ministério das Cidades, que havia suspendido o repasse após recomendação do Ministério Público Federal. Portanto, não estava parada. Havia suspeita de superfaturamento em Goiás.
Compete ao estado vizinho a captação hídrica e a construção de 12,7 quilômetros da adutora. Outros 15,3 quilômetros são de responsabilidade do DF, assim como a estação de tratamento de Valparaíso. Depois, a água será bombeada para DF e Entorno. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos meio a meio.
As obras do Subsistema do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 28% executadas. A projeção é beneficiar cerca de 170 mil habitantes, com investimento de R$ 20 milhões.
[Olho texto=”Projeto definitivo do Sistema Paranoá prevê abastecimento de 600 mil pessoas no DF por 40 anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
O subsistema se integra ao Santa Maria-Torto para reforçar o abastecimento em 11 regiões administrativas. As intervenções da primeira grande obra de captação de água no DF desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos, começaram em novembro de 2016.
A captação feita no Ribeirão Bananal será injetada na tubulação adutora e conduzida do Lago de Santa Maria até a Estação de Tratamento de Água de Brasília.
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões e esperam financiamento da Caixa Econômica Federal.
O Sistema Paranoá vai atender, por 40 anos, cerca de 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho.
No fim de março deste ano, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.
Também no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o reservatório do Gama.
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Nas proximidades do Jardim Botânico e do Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas de captação foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 para 150 litros por segundo.
Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.
Edição: Paula Oliveira