27/07/2017 às 09:10, atualizado em 27/07/2017 às 09:11

Zoológico de Brasília investe em reúso de água para os animais

Tigre-de-bengala-branco foi o primeiro a receber o sistema de filtragem, que, além da economia, garante mais qualidade de vida aos bichos

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Dande, um tigre-de-bengala-branco de 8 anos, foi o primeiro a ter o recinto adaptado com um sistema de reúso de toda a água que utiliza, seja para banho ou consumo.

Tigre-de-bengala-branco foi o primeiro a receber o sistema de filtragem, que, além da economia, garante mais qualidade de vida aos bichos.

Tigre-de-bengala-branco foi o primeiro a receber o sistema de filtragem, que, além da economia, garante mais qualidade de vida aos bichos. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Em tempos de crise hídrica em Brasília, a medida, que até o fim do ano estará em pelo menos oito ambientes da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, economiza o recurso e garante mais qualidade de vida aos animais.

A novidade utiliza uma bomba submersa que capta a água dos poços artesianos e leva até um sistema de filtragem para ser tratada e reusada no mesmo ambiente.

“A nossa preocupação, além de economizar, é melhorar a qualidade da água consumida pelos animais”, explica o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Gerson de Oliveira Norberto.

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Antes disso, os recintos eram abastecidos com água parada, que precisava ser trocada, em alguns casos, de três a quatro vezes por mês, como no caso de Dande.

Agora, com o sistema de filtragem, a expectativa é que esse processo seja necessário apenas de seis em seis meses. A economia vai ser grande. Antes, eram usados cerca de 290 mil litros por mês para renovar os tanques usados pelo tigre.

Como funciona o novo sistema de filtragem

O sistema capta água dos poços artesianos que abastecem o zoo. Esse líquido, então, passa por um filtro mecânico, equipado com uma espécie de peneira; depois por um filtro bacteriológico, onde são digeridas matérias orgânicas; e por uma câmara com luzes ultravioletas, que destroem impurezas, como algas e bactérias.

Depois que não for mais possível reutilizar a mesma água, ela será destinada à manutenção dos jardins do zoológico, para que não haja perda do recurso.

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Foram investidos R$ 95 mil na iniciativa. O material licitado será suficiente para a instalação de 12 sistemas independentes.

Os próximos animais a receberem a novidade serão as onças. Elas são um dos poucos felinos com grande habilidade para nadar e pescar e por isso utilizam mais água.

O Jardim Zoológico de Brasília fica na Avenida das Nações (L4 Sul) e funciona de terça a domingo, das 9 às 17 horas. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Para pessoas com deficiência e o acompanhante e para crianças até 5 anos, a entrada é gratuita todos os dias.

Edição: Paula Oliveira