07/08/2017 às 17:23, atualizado em 08/08/2017 às 09:09

Polícia Civil forma líderes comunitários para fortalecer combate à violência contra a mulher

Iniciativa da Deam, projeto foi lançado nesta segunda (7), no DPE. Oitenta representantes da sociedade vão participar das primeiras oficinas de capacitação

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

Para envolver a sociedade no combate à violência contra a mulher no DF, foi lançado nesta segunda-feira (7) o projeto Lidera — Empoderar para Multiplicar. A proposta é formar lideranças comunitárias para auxiliar na resolução de conflitos.

Foi lançado nesta segunda-feira (7) o projeto Lidera — Empoderar para Multiplicar. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Por meio de oficinas, a população será capacitada para aumentar o conhecimento sobre questões de gênero e as diferentes formas de prevenir a violência, além de saber como ajudar as vítimas.

Até quarta-feira (9), 80 líderes comunitários selecionados participam das atividades, ministradas por policiais civis.

A iniciativa da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) integra a comemoração dos 30 anos de existência da unidade, criada em 1º de setembro de 1987.

No lançamento, o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Eric Seba, parabenizou a todas e ressaltou o papel da corporação como instrumento para a procura de uma sociedade mais justa. “Precisamos empoderar aqueles que buscam uma cultura de paz, sem intolerância de nenhum tipo.”

Com a capacitação, as lideranças conseguirão reconhecer o impacto da violência contra a mulher, as causas, os instrumentos legais de proteção e enfrentamento e os serviços disponíveis na Polícia Civil do Distrito Federal, em especial na Deam (204/205 Sul), e na rede de proteção às mulheres no DF.

[Olho texto='”É uma forma de atuarmos ativamente junto à sociedade para que possamos fazer intervenções mais estruturantes”‘ assinatura=”Sandra Gomes, delegada-chefe da Deam” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“É uma forma de atuarmos ativamente junto à sociedade para que possamos fazer intervenções mais estruturantes: empoderar as lideranças para que elas multipliquem a prevenção pela educação”, reforçou a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, Sandra Gomes.

Segundo ela, é preciso dar orientação “para que aqueles que são mais procurados, como líderes espirituais [pais e mães de santo, por exemplo], saibam como agir para acolher essas vítimas e como denunciar”, acrescentou a delegada-chefe.

No primeiro dia da programação, Sandra apresentou a palestra Questões de Gênero, Violência contra a Mulher e o Atendimento no âmbito da Polícia Civil do DF e da Deam. O evento ocorreu no Departamento de Polícia Especializada (DPE), sede da corporação, na mesma data em que a Lei Maria da Penha completa 11 anos.

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A colaboradora do governo Márcia Rollemberg destacou a importância de compartilhar as informações sobre o assunto e de mobilizar a população. “Todos temos um papel para construirmos uma sociedade mais justa”, resumiu.

“A realidade só será mudada com o reconhecimento das nossas responsabilidades e com a participação social como direito”, acrescentou. Márcia enumerou ações do Brasília Cidadã como política pública essencial para construir uma nova consciência de paz social no DF.

O secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gutemberg Gomes, acrescentou que a política pública será importantíssima para minimizar danos da violência local.

Lideranças interessadas no projeto podem obter mais informações pelo e-mail deam-projetolidera@pcdf.df.gov.br.

Casa da Mulher Brasileira reúne serviços de atendimento às mulheres do DF

Segunda unidade inaugurada no Brasil, a Casa da Mulher Brasileira de Brasília reúne, no mesmo espaço (601 Norte), serviços para a mulher e os filhos, como brinquedoteca, acolhimento, atendimento psicossocial, alojamento de passagem e promoção à autonomia econômica.

[Numeralha titulo_grande=”Ligue 180″ texto=”Telefone da Central de Atendimento à Mulher para denunciar casos de violência doméstica” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Além da Deam, funcionam no local Centro Especializado de Atendimento à Mulher, Ministério Público, Defensoria Pública e Centro Judiciário da Mulher.

Denúncias de casos de violência doméstica podem ser feitas pelo telefone 180 da Central de Atendimento à Mulher. A ligação é gratuita.

Edição: Raquel Flores