23/08/2017 às 16:56, atualizado em 23/08/2017 às 20:25

Mutirão de limpeza em Águas Claras inclui manejo ambiental em terrenos baldios

Lotes abandonados são um risco à segurança e à saúde pública. Medida foi solicitada pela comunidade local

Por Larissa Sarmento, da Agência Brasília

Por representarem um risco à saúde e à segurança pública, cinco terrenos abandonados começaram a ser limpos e cercados em Águas Claras nesta quarta-feira (23). A ação faz parte do programa Cidades Limpas, coordenado pela Secretaria das Cidades.

Programa Cidades Limpas iniciou a limpeza de cinco terrenos abandonados em Águas Claras.

Programa Cidades Limpas iniciou a limpeza de cinco terrenos abandonados em Águas Claras. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Após reclamação de moradores, a administração regional constatou que os espaços serviam para despejo de entulhos e esconderijo de criminosos, além de apresentar risco de proliferação de vetores de doenças, como o mosquito Aedes aegypti, ratos e escorpiões.

O primeiro lote a receber a ação fica no cruzamento da Rua 36 Sul com a Avenida Jequitibá. Foram feitos nesta manhã limpeza, roçagem, poda de árvores, manejo ambiental e cercamento.

A administração regional estima que existam cerca de 20 terrenos abandonados em Águas Claras. Os cinco focados hoje têm prioridade por trazerem maiores riscos. Ainda haverá ações nas Quadras 33 Norte, na 101, na 102 e na Avenida Araucárias.

[Olho texto='”A proposta do programa é melhorar o ambiente onde as pessoas moram”‘ assinatura=”Manoel Alexandre, subsecretário de Desenvolvimento Regional e Operação nas Cidades” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

De acordo com a secretária Patrícia Lira, de 36 anos, moradora da região, o local está infestado de ratos, fato que ela observa sempre que desce com o cachorro. “Que bom que vão limpar, vai amenizar a situação”, comenta.

Síndica do prédio vizinho ao terreno infestado, Cristiane Fernandes diz que os moradores do prédio já entraram na Justiça por alguma solução para os problemas. Um deles é a erosão do terreno, com cerca de 15 metros de profundidade. “Colocar tapumes vai ajudar, pois o desnível é um perigo para quem passa por ali”.

O Cidades Limpas colhe as reclamações de moradores em reuniões preparatórias com órgãos como administrações regionais, Ouvidoria-Geral, Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social e Diretoria de Vigilância Ambiental.

“A proposta é melhorar o ambiente onde as pessoas moram”, explica o subsecretário de Desenvolvimento Regional e Operação nas Cidades, Manoel Alexandre.

A ação conta com apoio da administração regional, do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), da Diretoria de Vigilância Ambiental e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).

A 21ª edição do Cidades Limpas chegou a Águas Claras em 14 de agosto e segue até sexta-feira (25) com mobilização de 228 trabalhadores e 77 máquinas e equipamentos.

As ações prioritárias envolvem:

  • Retirada de entulho
  • Limpeza de terrenos vazios
  • Recolhimento de carcaças de automóveis
  • Poda de árvores
  • Tapa buracos
  • Instalação de quebra-molas
  • Capina e roçagem
  • Revitalização da iluminação pública

O governo identificou cerca de cem carcaças de veículos abandonados pelas ruas da região. Os proprietários foram notificados, e, caso os veículos permaneçam nas ruas, serão removidos pelas equipes do Cidades Limpas.

Lançado em novembro do ano passado, o programa já passou por 19 localidades: Gama, Itapoã, Paranoá, Ceilândia, Brazlândia, Estrutural, Planaltina, São Sebastião, Fercal, Sobradinho II, Vila Planalto, Guará, Sobradinho, Samambaia, Taguatinga, Riacho Fundo I, Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo II.

Edição: Vannildo Mendes