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23/08/2017 às 19:09, atualizado em 23/08/2017 às 20:43
Governador Rollemberg acredita que, se aprovadas pelos deputados distritais até terça-feira (29), medidas evitarão parcelamento de salários
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, entregou nesta quarta-feira (23), à Câmara Legislativa, projeto de lei complementar (PLC) que institui uma previdência complementar para novos servidores públicos do Distrito Federal.
O texto do PLC ainda solicita permissão para que o Executivo possa unificar os dois fundos previdenciários do DF: o financeiro e o capitalizado.
A medida será suficiente para evitar o parcelamento do salário dos servidores, uma vez que o governo deixará de retirar do Tesouro local R$ 170 milhões mensais para bancar a previdência.
Rollemberg acredita que, se os deputados distritais votarem e aprovarem a matéria até terça-feira (29), será possível pagar integralmente em dia a folha de agosto do funcionalismo.
“Utilizando esses recursos dos fundos exclusivamente para aposentadorias, vamos deixar de aportar R$ 170 milhões na previdência, recurso esse que poderá ser usado para pagar em dia o salário dos servidores”, discursou.
Atualmente, o Distrito Federal conta com dois fundos previdenciários para arcar com aposentadorias.
O financeiro fechou 2016 com um déficit de R$ 2,1 bilhões, e a previsão é de encerrar 2017 com um saldo negativo de R$ 2,9 bilhões.
Nele, segundo o Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev), há 52.336 servidores contribuintes e 58 mil aposentados e pensionistas.
Já o fundo capitalizado tem superávit de R$ 3,7 bilhões, porque 34.193 funcionários públicos contribuem, e apenas 152 são aposentados e pensionistas.
[Olho texto='”É como se estivéssemos atravessando um deserto com pessoas morrendo de sede e encontrássemos uma caixa de água cheia, mas não pudéssemos beber”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Pelas regras atuais, o DF não pode utilizar o que sobra do capitalizado para cobrir o rombo do financeiro.
A fartura de um e a falta no outro decorrem da data de entrada dos servidores na administração distrital. Quem passou em concursos após 2006 contribui para o fundo financeiro.
Como vão demorar para se aposentar por tempo de serviço, esses 34.193 servidores contribuem para o pagamento de apenas 152 pessoas, normalmente aposentadas por invalidez.
O governador Rodrigo Rollemberg acredita que a possibilidade de usar os recursos disponíveis nos dois fundos para pagar os aposentados, independentemente da data de ingresso no serviço público, reduzirá aos poucos o rombo na previdência.
Do mesmo modo, crê que suavizará os gastos da Fonte 100 do Tesouro local, usada para pagar salários do funcionalismo da ativa e promover melhorias na cidade.
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“É como se estivéssemos atravessando um deserto com pessoas morrendo de sede e encontrássemos uma caixa de água cheia, mas não pudéssemos beber”, disse Rollemberg, ao fazer relação sobre dois fundos, em pronunciamento na Câmara Legislativa.
Edição: Vannildo Mendes