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28/08/2017 às 13:43, atualizado em 29/08/2017 às 08:54
Índices caem desde 2015, e o Recanto das Emas foi a região administrativa com maior diminuição no acumulado do primeiro semestre deste ano
Os índices de homicídio diminuem no Distrito Federal desde 2015. O ano que apresentou maior queda foi 2017: de 334 para 270 registros, ou seja, 64 a menos no acumulado dos sete primeiros meses em relação ao mesmo período de 2016.
Entre as 31 regiões administrativas do DF, o Recanto das Emas teve a maior redução desse tipo de crime — menos 13 ocorrências (foi de 26 para 13), se comparado ao ano passado.
[Olho texto=”“Quando cheguei, percebi que tinha algumas organizações criminosas que atuavam principalmente com o tráfico de drogas e que uma grande quantidade de homicídios era relacionada a gangues rivais”” assinatura=”Pablo Aguiar, delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas)” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Em seguida, aparecem São Sebastião, com 12 ocorrências a menos (baixou de 29 para 17), e Ceilândia, com 9 a menos (caiu de 49 para 40).
O subsecretário de Gestão da Informação, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Marcelo Durante, atribui como principal razão para os resultados a melhoria constante das investigações feitas pela Polícia Civil do DF. Essas averiguações sistemáticas integram o programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida.
“Quando se tem um bom processo de investigação, as bases para lidar com tudo são melhores. Consegue-se sedimentar provas suficientes para impedir que aquela pessoa volte à rua para fazer tudo de novo”, exemplifica o subsecretário.
Ações preventivas em horários e locais determinados também são importantes. “Temos a Polícia Militar onde precisa, em manchas de criminalidade”, destaca Durante. De acordo com o subsecretário, o DF é a segunda unidade da Federação que mais reduz índices de homicídios.
No Recanto das Emas, o titular da 27ª Delegacia de Polícia, Pablo Aguiar, diz que a queda na taxa de homicídios na região deve continuar e é fruto de um trabalho extenso. Envolve, além de investigações mais bem qualificadas, contar com uma equipe que já conhece há alguns anos as especificidades da área.
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“Quando cheguei, percebi que tinha algumas organizações criminosas que atuavam principalmente com o tráfico de drogas e que uma grande quantidade de homicídios era relacionada a gangues rivais”, lembra Aguiar. “Isso acabava causando pavor na comunidade.”
Para que o trabalho surta efeito, o delegado-chefe ressalta a importância de toda investigação ser bem qualificada, com provas contundentes, que resultem na prisão dos criminosos.
Além disso, não basta prender apenas um membro, diz Aguiar. Por isso, ele conta que trabalha para desarticular toda a organização criminosa, o que ocorre depois de operações ou prisões em flagrante. “Temos a preocupação de cortar o mal pela raiz, prendendo um por um.”
[Numeralha titulo_grande=”90%” texto=”Porcentagem de assassinatos no Recanto das Emas que tem como vítimas pessoas com passagem pela polícia” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O delegado-chefe está lotado na 27ª Delegacia de Polícia há cinco anos e meio e entende que o comércio ilegal de entorpecentes é determinante para a ocorrência de outros crimes, como roubo, furto e até homicídio.
Cerca de 90% dos assassinatos no Recanto das Emas têm como vítimas pessoas com passagem pela polícia, calcula. O restante abrange, principalmente, crimes passionais ou por alguma situação de desordem.
Com base nesses fatos, a prioridade foi concentrar a maior parte do esforço na seção de crimes violentos, que investiga ainda casos de latrocínio. Neste ano, a cidade não teve nenhum registro desse tipo, contra dois no mesmo período de 2016.
Edição: Raquel Flores