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07/09/2017 às 13:09, atualizado em 12/09/2017 às 08:33
Pirâmide Humana e bandas marciais também empolgaram o público de cerca de 20 mil pessoas que foi à Esplanada dos Ministérios participar da festa cívica
Cerca de 20 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios para o desfile dos 195 anos de independência do Brasil. A homenagem à natureza, feita por alunos da rede pública de Brasília, as bandas marciais e a Esquadrilha da Fumaça foram pontos altos do evento cívico-militar.
O tema da celebração deste ano foi Viva sua Independência. No desfile, o público apreciou também a formação da Pirâmide Humana e evolução de bandas marciais, entre outras atrações.
Aproximadamente 4,2 mil pessoas desfilaram — 3 mil militares e 1,2 mil civis — na celebração, que começou às 9 horas e terminou por volta das 11h30. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, receberam o presidente da República, Michel Temer, que chegou em carro fechado.
Rollemberg demonstrou orgulho com a exibição dos estudantes brasilienses. “Destaco o desfile das escolas e suas bandas, que foram bastante elogiados pelas autoridades, assim como o das forças de segurança”, disse.
[Olho texto='”Destaco o desfile das escolas e suas bandas, que foram bastante elogiados pelas autoridades, assim como o das forças de segurança”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Também estavam no evento o secretário de Educação do DF, Júlio Gregório Filho; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; e o presidente do Senado, Eunício Oliveira, entre outras autoridades.
Em coro regido pela fanfarra do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, o público cantou o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida, o regimento tocou o Hino da Independência, acompanhado por alunos do Colégio Militar de Brasília.
Após a chegada do presidente da República, o comandante militar do Planalto, general de divisão Luís Carlos Pereira Gomes, solicitou autorização para dar início ao desfile cívico-militar.
Coube ao atleta e medalhista olímpico Vicente Lenílson — prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, em Sydney, e ouro no Jogos Pan-americanos de 2007, ambas provas no revezamento 4×100 metros rasos — apresentar o Fogo Simbólico da Pátria.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal e os alunos da rede pública de ensino apresentaram ao público uma homenagem aos quatro elementos da natureza: ar, água, terra e fogo.
A intenção foi enaltecer a preservação do meio ambiente e os recursos naturais como forma de garantir o desenvolvimento sustentável da humanidade. Participaram 820 alunos das regionais de Ceilândia, do Gama, do Guará, de Planaltina, de Samambaia e de Sobradinho.
Alunos do Centro Educacional nº 619 de Samambaia abriram o desfile com as bandeiras das 27 unidades da Federação. Eles marcharam ao som da Banda Musical da Secretaria de Educação.
Em seguida, estudantes do Centro de Ensino Médio 3 de Ceilândia apresentaram coreografia para a música País Tropical, do cantor Jorge Ben Jor. A banda da regional de Planaltina executou a canção.
A primeira escola a representar os elementos da natureza foi o Centro de Ensino Fundamental nº 1 de Sobradinho. Os alunos homenagearam os 65 anos da Esquadrilha da Fumaça, por meio do elemento ar.
A importância da água foi lembrada pelos estudantes do Centro Educacional nº 1 de Planaltina. A fauna brasileira, por sua vez, foi tema das fantasias do Centro de Ensino Fundamental nº 1 do Guará.
O perigo das queimadas foi destaque do desfile do Centro Educacional nº 7 e a riqueza da flora brasileira, o dos alunos do Centro de Ensino Médio nº 9 de Ceilândia.
Os servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e funcionários das empresas associadas foram homenageados pelo Centro de Ensino Médio nº2 de Ceilândia.
Integrantes do projeto Ginástica nas Quadras, no Setor O, desfilaram ao som de Sorte Grande, de Ivete Sangalo. A música foi tocada por integrantes da banda da regional do Guará.
Os grupamentos civis, das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) e de outras instituições militares percorreram o trajeto da Via N1, na altura do Ministério da Justiça, até o da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Um dos destaques dos desfiles neste ano foi a formação da Pirâmide Humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
A comemoração terminou em grande estilo com show aéreo da Esquadrilha da Fumaça, que fez apresentação especial para celebrar seus 65 anos de existência.
Criado oficialmente em 1952, a grupamento de elite da Força Aérea já conta mais de 3.500 demonstrações pelo País e no exterior.
Natural de Belém (PA), a dentista Dayseane Silva da Cruz, de 44 anos, presenciou a cerimônia pela primeira vez. “Moro em Brasília há um ano e meio, e sempre assistia ao desfile pela televisão. É muito emocionante ver tudo isso, especialmente a Esquadrilha da Fumaça, de perto”, disse, acompanhada do filho, Cássio da Cruz, de 6 anos.
[Olho texto='”É muito emocionante ver tudo isso, especialmente a Esquadrilha da Fumaça, de perto”‘ assinatura=”Dayseane da Cruz, dentista de Belém (PA)” esquerda_direita_centro=”direita”]
Essa foi a primeira vez que a capitão de corveta Andrea Chaves Albuquerque, de 42 anos, trouxe a família para assistir ao desfile de 7 de Setembro.
Para ela, participar do evento é uma forma de reforçar a confiança no País. “O culto à Pátria foi se perdendo, infelizmente. Acredito que as dificuldades que vivemos só passarão se reforçarmos o patriotismo”, defendeu.
A estrutura montada na Esplanada dos Ministérios surpreendeu o filho mais velho de Andrea, Jonas Albuquerque, de 13 anos. “Não esperava que fosse dessa forma, pensei que seria algo decadente”, confessou.
A dona de casa Fabiana Nogueira, de 34 anos, se emocionou ao pisar a Esplanada pela primeira vez. Integrante do projeto Ginástica nas Quadras, da Secretaria de Educação, ela nunca havia participado do desfile.
“Foi uma sensação incrível! Adorei”, exclamou. Há seis meses, ela se inscreveu na atividade, no Centro Educacional nº 14 de Ceilândia, e sente melhora significativa na qualidade de vida. “Antes eu sentia muitas dores no corpo, principalmente nas pernas. Agora, não sinto mais incômodo algum”, comparou.
Edição: Vannildo Mendes