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04/10/2017 às 09:01, atualizado em 04/10/2017 às 23:50
Capacidade de atendimento é mais que o dobro da procura. Fundadora da ONG Recomeçar, Joana Jeker reforça a importância do exame. Ela se curou de um câncer de mama e hoje apoia mulheres em tratamento no Hran
No mês internacional de combate ao câncer de mama, o Outubro Rosa, a Secretaria de Saúde informa que, das 5,4 mil vagas ofertadas por mês na rede pública para o exame de mamografia, apenas 2 mil são ocupadas.
A grande quantidade de vagas disponíveis é resultado de esforços do governo, que, em julho deste ano, conseguiu zerar a fila de espera para o exame.
O secretário adjunto de Assistência à Saúde, Daniel Seabra, ressalta que a rede pública tem condições de mais que dobrar os atendimentos. “Precisamos incentivar as mulheres a procurar as unidades de saúde e solicitar a mamografia. A rede está pronta para atender todas que procurarem.”
Para fazer o exame, é preciso um encaminhamento médico do ginecologista. A consulta deve ser marcada em um posto de saúde. O tempo médio entre o atendimento em consultório e a mamografia é de 7 a 10 dias.
Atualmente, nove mamógrafos estão em funcionamento, nos seguintes hospitais:
Fundadora da organização não governamental (ONG) Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, Joana Jeker, de 41 anos, defende a importância da prevenção periódica.
“A mulher cuida de todo mundo e deixa de cuidar de si. É preciso se preocupar com a própria saúde. Agora que está começando a campanha Outubro Rosa, mais do que nunca, é época de falar do assunto”, diz Joana, que se tratou de um câncer de mama descoberto há 11 anos. Todo o tratamento foi feito na rede pública.
[Numeralha titulo_grande=”De 7 a 10 dias” texto=”Tempo médio entre o atendimento em consultório e a mamografia na rede pública de saúde do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Ela destaca que, quando o diagnóstico é logo no começo, o tratamento é menos agressivo e mais eficaz. “Eu não precisei fazer radioterapia, apenas a quimio”, conta.
Apesar da descoberta precoce, Joana teve de retirar uma das mamas e passar pela cirurgia de reconstrução. Sem muita informação sobre o processo, viu nas próprias adversidades uma forma de ajudar outras mulheres.
Agora, a ONG coordenada por ela atende pacientes em tratamento no Hospital Regional da Asa Norte. O trabalho de apoio é às terças e quintas-feiras, no ambulatório da unidade. A média é de cinco atendimentos por semana, com ajuda emocional e esclarecimentos sobre a mastectomia (retirada parcial ou total da mama).
“Para a mulher, o diagnóstico de câncer e a perda da mama são terríveis; a vida fica completamente abalada. Estamos aqui para dar esse suporte, pois já passamos por isso.”
A ONG também oferece próteses externas de silicone para quem já fez a mastectomia e não tem condição de pagar pelo produto, com valor médio de R$ 500.
De acordo com a Secretaria de Saúde, anualmente, a rede pública faz em média 860 cirurgias plásticas, sendo 660 no Hospital Regional da Asa Norte e outras 200 distribuídas entre Hospital Regional de Santa Maria e Hospital Regional de Sobradinho.
Reforçar a prevenção de câncer de mama é um dos destaques da Estratégia Saúde da Família.
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O objetivo é ter profissionais capazes de dar continuidade às ações de assistência e prevenção, garantindo que os usuários tenham a equipe como referência. Assim, casos de câncer de mama, por exemplo, podem ter diagnóstico precoce, o que amplia as chances de cura.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mamografia é o único exame preventivo que apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama — quando descoberto precocemente, tem 95% de probabilidade de recuperação.
Edição: Marina Mercante