09/10/2017 às 20:15, atualizado em 09/10/2017 às 20:54

Codeplan divulga estudos sobre a infância no DF

Pesquisas vão contribuir para novas ações do governo dentro do programa Criança Candanga. Documentos foram apresentados em entrevista coletiva nesta segunda (9), na sede da companhia

Por Cibele Moreira, da Agência Brasília

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou nesta segunda-feira (9), na sede da empresa pública, três estudos que norteiam a infância no Distrito Federal. O tema foi levantado a pedido da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude para contribuir com novas ações dentro do programa Criança Candanga.

A diretora de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Ana Maria Nogales Vasconcelos; o presidente da Codeplan, Lucio Rennó; e o secretário adjunto da secretaria, Antônio Carlos C. Filho.

A diretora de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Ana Maria Nogales Vasconcelos; o presidente da Codeplan, Lucio Rennó; e o secretário adjunto de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Antônio Carlos C. Filho. Foto: Renato Araújo/Agencia Brasilia

Para o secretário adjunto, Antônio Carlos C. Filho, os dados vão enriquecer o debate sobre o cuidado da criança e do adolescente. “A Codeplan é parceira nossa, e o Criança Candanga é importante para unir todos os órgãos para a melhor promoção de políticas públicas”, ressaltou.

Lucio Rennó, presidente da Codeplan, defendeu que, em termos de informação, o órgão tem muito para colaborar. “É um esforço do governo que a gente apoia integralmente, pensando sempre na preocupação com o futuro”, pontuou.

Com dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2015 e do Educacenso, os trabalhos tratam de diferentes aspectos da infância, a contar do nascimento até a adolescência.

Demógrafa da Codeplan, Ana Boccucci expôs um retrato dos nascidos vivos nos anos de 2000 a 2015 de mães residentes no DF. De acordo com o primeiro estudo apresentado, há uma queda nos nascimentos de crianças de 2009 a 2012.

A quantidade de mulheres que opta por ter o primeiro filho depois dos 30 anos aumentou. No entanto, pela questão da idade, houve uma elevação nas cesarianas. Foi constatada também uma maior procura de consultas de pré-natal nos últimos anos.

Segundo Ana, a intenção agora é alinhar as informações de acordo com cada região administrativa e as faixas etárias.

O retrato demográfico foi explorado na pesquisa As Crianças e Adolescentes do DF: um retrato a partir da Pdad 2015, exposto pela gerente de Análise da Codeplan, Lidia Cristina Barbosa.

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Segundo a Pdad 2015, o Distrito Federal tem mais de 700 mil crianças e adolescentes, o que representa cerca de 25% da população. Em termos populacionais, a maioria dos jovens de até 18 anos está concentrada nas seguintes regiões administrativas: Fercal, Itapoã, Estrutural e Varjão. Juntas, representam mais de 31%.

No entanto, o volume de crianças é pequeno. Nessas quatro regiões, não passam de 30 mil. Por outro lado, Ceilândia, com uma menor proporção de crianças e adolescentes no domicílio, é a região que apresenta a maior quantidade nessa faixa etária (mais de 130 mil), seguida por Samambaia (75 mil) e Planaltina (56 mil).

Com a finalidade de mapear as crianças no Distrito Federal e alinhar ações para melhorar a qualidade de vida delas, a amostragem traz ainda informações sobre o acesso a saneamento básico, saúde e educação.

Acesso à educação pública

A pedagoga Elisete Rodrigues de Souza apresentou a pesquisa A Educação de Crianças e Adolescentes, que complementa o texto exposto pela gerente Lidia Barbosa.

De acordo com o estudo, a inserção de crianças de até 3 anos em creches da rede pública ainda é baixa em relação à privada. Porém, a partir da pré-escola (de 4 a 5 anos), esse quantitativo aumenta.

[Numeralha titulo_grande=”700 mil” texto=”Quantidade de crianças e adolescentes no DF, segundo a Pdad 2015″ esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Praticamente todas as crianças do Distrito Federal, de 7 a 14 anos — período em que frequentam o ensino fundamental — estão na escola, conforme a Pdad 2015.

No grupo etário de 15 a 18 anos, as regiões com o menor número de jovens na escola foram: Recanto das Emas, Fercal e Itapoã.

As pesquisadoras que participaram da coletiva destacaram que os trabalhos divulgados hoje representam apenas um pequeno recorte sobre a infância e adolescência no DF. O intuito agora é fazer o debate crescer e estendê-lo para novos estudos relacionados a esse público.

Edição: Raquel Flores