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09/10/2017 às 10:49, atualizado em 09/10/2017 às 18:03
Rodrigo Rollemberg visitou as obras do sistema produtor nesta segunda-feira (9). Goiás retomou sua parte da obra e comprou bombas de captação
Com entrega prevista para abril de 2018, a obra de construção de uma elevatória de água e da linha de recalque para transferência de água tratada de Corumbá 4 é parte importante do Sistema Produtor Corumbá.
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, vistoriou as intervenções na manhã desta segunda-feira (9), na BR-040, km 5, onde está sendo instalada a adutora de água tratada.
“A parte do DF está muito bem, tanto aqui quanto na estação de tratamento, em Valparaíso [GO]. A boa notícia é que Goiás já retomou sua parte da obra e comprou as bombas da captação”, disse Rollemberg.
Os investimentos nessa área do Sistema Produtor Corumbá são de R$ 70,6 milhões. O valor compreende a execução de 14 quilômetros de tubulação em aço e três conjuntos de motobombas centrífugas com capacidade para captar até 2,8 mil litros de água por segundo.
[Olho texto=”“A curva histórica mostra que em novembro os níveis começam a subir. As chuvas e as obras de captação de água são os principais fatores”” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíli” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, explicou o caminho da água. “Ela é captada no Lago Corumbá 4, passa por uma adutora de água bruta de 28 quilômetros e desemboca na estação de tratamento de Valparaíso. De lá, trazemos nesta adutora de água tratada até o centro de distribuição, em Santa Maria.”
Questionado sobre a possibilidade de sair do racionamento, o governador afirmou que tudo depende dos níveis dos reservatórios. “A curva histórica mostra que em novembro os níveis começam a subir. As chuvas e as obras de captação de água são os principais fatores.”
As obras do Sistema Produtor Corumbá são fruto de um consórcio entre DF e Goiás. Além da adutora de água tratada, cabe à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) a construção da Estação de Tratamento de Água, em Valparaíso (GO), e de 15,3 quilômetros de adutora de água bruta. Ao todo, a parte do DF está 68% executada.
Os 12,7 quilômetros restantes de adutora (97% executada), a captação e a estação de bombeamento (60% executadas), em Luziânia (GO), são de responsabilidade da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago).
[Olho texto=”As intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas — 650 mil no Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do Entorno” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
As regiões administrativas do DF que vão receber a água serão Gama e Santa Maria, em um primeiro momento; depois, Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Quatro municípios goianos do Entorno fecham a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso.
As intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas — 650 mil no Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do Entorno — no início da operação do sistema. Em uma segunda etapa, esse número vai chegar a 2,5 milhões, metade em cada unidade da Federação.
Serão captados 2,8 mil litros de água por segundo na primeira etapa dos trabalhos, sendo 1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás. Em um segundo momento, para além de 2018, chegará a 5,6 mil litros por segundo, metade para cada um.
Na segunda-feira (2), foi entregue o Subsistema Produtor do Lago Norte, com captação de água no Lago Paranoá. A Caesb fará o trabalho a partir de 2019, pois nos primeiros três meses será assistida pela Enfil S.A Controle Ambiental, empresa que tocou as obras.
O investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente — R$ 49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as obras — a diferença volta para a pasta federal.
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A captação é de 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. O fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto.
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.
O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.
Com entrega também prevista para outubro, as obras do Subsistema Produtor do Bananal estão 75% executadas. A elevatória 1 e a captação estão prontas, e a elevatória 2, em processo de finalização. Todos os equipamentos e materiais já foram comprados e estão no canteiro da obra.
O Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema Produtor Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil.
Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília.
No fim de março, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.
Ainda no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo Córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas para essa finalidade foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.
Edição: Paula Oliveira