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14/10/2017 às 15:58, atualizado em 23/10/2017 às 13:21
Estrutura vai reforçar a captação de água do Distrito Federal em até 726 litros de água por segundo. Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas
As obras do Subsistema Produtor de Água do Bananal estão 75% executadas. As intervenções ocorrem próximo à saída da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), e está previsto que a captação comece no fim deste mês.
A elevatória 1, perto do rio, está com a estrutura concluída. A instalação das bombas e do barrilete está em fase de acabamento. A elevatória 2 também está no estágio final. As bombas já foram fixadas, e os quadros elétricos estão em curso.
“O Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo que ajudará a reduzir a pressão sobre o Sistema Produtor Santa Maria-Torto”, explica o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Maurício Luduvice.
O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil. Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília.
Em 2 de outubro, foi entregue o Subsistema Produtor do Lago Norte, com captação de água no Lago Paranoá. A Caesb dará início à distribuição a partir de 2018, pois os primeiros três meses serão dedicados à chamada operação assistida, em conjunto com a Enfil S.A Controle Ambiental, empresa que tocou as obras
[Numeralha titulo_grande=”R$ 42 milhões” texto=”Valor gasto no sistema de captação de água do Lago Paranoá, 15% abaixo da previsão inicial” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do valor inicial — R$ 49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as obras — a diferença volta para a pasta federal.
A captação é de 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais a serem abastecidos são:
O fornecimento para essas regiões hoje é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto.
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.
O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.
Fruto de um consórcio entre DF e Goiás, as obras do Sistema Produtor Corumbá estão 68% executadas na capital federal. No estado vizinho, a contagem é feita em etapas: a construção da adutora andou 97% e a estrutura da captação, 60%.
Cabe à Saneamento de Goiás SA (Saneago) a captação, em Luziânia (GO), e a construção de 12,7 dos 28 quilômetros da adutora de água bruta que leva os recursos hídricos para a Estação de Tratamento de Valparaíso (GO).
À Caesb, fica a responsabilidade da construção dos outros 15,3 quilômetros da adutora, assim como a da estação de Valparaíso. O governo do DF ainda constrói 14 quilômetros de adutora de água tratada para distribuição nas regiões administrativas.
[Olho texto=”O sistema Corumbá, quando concluído, elevará em 5,6 mil litros por segundo a oferta de água tratada na região” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
As regiões do DF que vão receber a água serão Gama e Santa Maria, em um primeiro momento. Depois será a vez de Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Quatro municípios goianos do Entorno fecham a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso.
As intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas — 650 mil no Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do Entorno — no início da operação do sistema. Em uma segunda etapa, esse número vai chegar a 2,5 milhões, metade em cada unidade da Federação.
Serão captados 2,8 mil litros de água por segundo na primeira etapa dos trabalhos, sendo 1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás. Em um segundo momento, para além de 2018, chegará a 5,6 mil litros por segundo, metade para cada um. O orçamento é de R$ 540 milhões.
No fim de março, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região.
Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.
Ainda no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo Córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada.
Quatro bombas para essa finalidade foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.
Edição: Vannildo Mendes