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22/10/2017 às 09:06
Projeto voluntário começou pelos jardineiros da instituição. Ideia é levar a prática para outros órgãos do governo de Brasília
Laurent Pierre Dauzou, de 54 anos, é um apaixonado por Brasília. O francês está na capital federal desde 2014 e é responsável por um projeto-piloto voluntário para ensinar ioga a servidores do Jardim Botânico de Brasília.
“Acredito que esta cidade tem vocação para a paz. Isso começa por quem presta serviço à população”, diz. O encontro é semanal e dura quatro horas, com conteúdo teórico e prático.
Para o diretor-executivo do Jardim Botânico, Jeanitto Sebastião Gentilini, a iniciativa é uma forma de valorizar o servidor, com uma visão integral da saúde física e mental.
“Tem-se assim uma visão humanista, e não fragmentada das pessoas, as enxergamos não como máquinas, mas como alguém que precisa estar bem.”
A interação com o trabalho, tanto na avaliação de Gentilini quanto na de Dauzou, passará a ser de maior qualidade. “Com isso, eles renovam as motivações por servir”, acredita o francês.
A primeira turma é formada por profissionais que trabalham com jardinagem e começou em 16 de outubro. Marcos Andrade Brito, de 32 anos, há 15 é um dos responsáveis por atividades como poda de árvores, roçagem e plantio das flores do Jardim Botânico.
“Meu trabalho inclui mexer com equipamentos mais pesados, cavar buracos e subir em árvores.” Isso, conta o servidor, muitas vezes lhe causa dor nas costas e estresse. Ele trabalha oito horas por dia, de segunda a sexta-feira.
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Para Marcos, que nunca havia feito ioga, aprender sobre equilíbrio, relaxamento e postura pode fazer a diferença na sua vida pessoal e profissional. “Depois da aula, senti meus músculos relaxarem e fiquei mais leve”, descreve.
O projeto-piloto vai ocorrer com rodízio de profissionais. A proposta é que cada turma tenha até 20 alunos.
A partir de 2018, Dauzou espera poder levar a prática para outros órgãos do governo, em parceria com a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Além de oferecer esse projeto, o Jardim Botânico recebe voluntários para aulas abertas à comunidade, como de tai chi chuan e de práticas variadas para grávidas.
“O Jardim Botânico tem esse cunho contemplativo, de contato com a natureza, que tem tudo a ver [com essas ações]”, avalia o diretor adjunto, Samuel John Guimarães.
Edição: Paula Oliveira