26/10/2017 às 15:00, atualizado em 26/10/2017 às 15:55

TCDF aprova contas do segundo ano da gestão de Rollemberg

Relatório avaliou receitas e despesas referentes a 2016. Documento segue para apreciação da Câmara Legislativa, que tem a palavra final

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) aprovou por unanimidade as contas do governo do DF referentes a 2016, segundo ano da gestão do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.

As contas segundo ano da gestão do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, foram aprovadas em sessão especial nesta quinta-feira (26) no TCDF.

As contas segundo ano da gestão do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, foram aprovadas em sessão especial nesta quinta-feira (26) no TCDF. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Em sessão especial nesta quinta-feira (26), os seis conselheiros que votaram entenderam que o Executivo apresentou “melhora no equilíbrio entre receitas e despesas” em relação a 2015. O documento segue para a apreciação da Câmara Legislativa.

O relatório aponta que o resultado orçamentário de 2016 apresentou superávit de R$ 249,3 milhões, enquanto o de 2015, déficit de R$ 1,3 bilhão, em valor atualizado. As contas do primeiro ano de governo foram aprovadas em agosto de 2017.

Representante do governador no plenário do tribunal, o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, destacou a “seriedade na condução das contas públicas pelo governo de Brasília desde o início da gestão”.

O conselheiro Manoel de Andrade Neto seguiu a linha de raciocínio de Sampaio em seu voto. Segundo ele, houve melhora na qualidade da despesa. “Acompanho o relator [conselheiro Paulo Tadeu], pois houve melhora. Já sugeri rejeição de contas neste plenário, mas desta vez não me sinto à altura”, disse.

As contas avaliadas pelos conselheiros estão descritas no Processo nº 36.964, de 2016. Foram analisados despesas com pessoal e com licitações, gastos com publicidade e propaganda e resultados por área de governo, além dos controles internos exercidos pela administração pública.

Despesas sem cobertura contratual da Saúde estão encaminhadas

O relatório aprovado contém 13 ressalvas. Elas são destacadas para que os problemas apontados não se repitam nos próximos exercícios. A mais repercutida foi a realização de despesas sem cobertura contratual, em especial na área da Saúde.

O documento aponta aumento de R$ 34,5 milhões para R$ 616,6 milhões com gastos sem cobertura contratual, sendo 89,3% deles (R$ 550,7 milhões) na pasta. Sampaio disse, porém, que as “despesas estão encaminhadas”.

[Olho texto=”“Todas as despesas estão encaminhadas. Muitas das ações que impedem a implementação dos serviços estão aqui (no TCDF), como a da área de alimentação”” assinatura=”Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“O secretário de Saúde não pode simplesmente parar os serviços, imagine quantas vidas podem se perder”, disse. “Todas as despesas estão encaminhadas. Muitas das ações que impedem a implementação dos serviços estão aqui [no TCDF], como a da área de alimentação”, ressaltou.

As despesas são principalmente nas áreas de alimentação hospitalar, vigilância e limpeza das unidades de saúde.

Na alimentação, o governo abriu licitação em junho de 2016 e já conseguiu contrato em dois lotes. Os outros nove aguardam liberação do TCDF desde abril deste ano, segundo o secretário de Saúde, Humberto Fonseca. Quanto à vigilância, foi assinado contrato neste semestre.

A demora na área de limpeza é maior, pois houve mudança na forma de contratar — antes era por postos de trabalho; agora passa a ser por nível de serviço. A Secretaria de Saúde fará contratação emergencial e, em breve, haverá licitação regular. “Resolvidas essas três áreas, 95% da despesa indenizatória que havia no começo de 2016 vai parar de existir”, enfatizou Fonseca.

Edição: Paula Oliveira