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29/10/2017 às 10:34, atualizado em 30/10/2017 às 16:33
No Centro Educacional 310 de Santa Maria, estudantes do ensino médio recolhem material reciclável para arrecadar verba e ajudar na manutenção do colégio
Ações do 1º Prêmio Escola de Atitude têm estimulado estudantes da rede pública à participação cidadã. Após identificar os problemas dentro do ambiente escolar, alunos se preparam para o desafio de solucioná-los e deixar o espaço onde estudam mais agradável.
A iniciativa integra o projeto Controladoria na Escola, da Controladoria-Geral do DF. Por uma semana, cerca de 4 mil alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental e do médio fiscalizaram salas de aula, biblioteca, merenda, secretaria, quadras e demais áreas de 104 unidades participantes.
Os espaços interno e externo das escolas foram avaliados por meio do aplicativo Monitorando a Cidade. Os problemas detectados agora serão trabalhados com a comunidade escolar para melhor solucioná-los. As dez melhores ideias serão recompensadas pelo Prêmio Escola de Atitude.
No Centro Educacional 310 de Santa Maria, o projeto foca na valorização do patrimônio público. “A gente entrou para trazer melhorias para a escola. Passamos a maior parte do dia aqui, e é importante ter um local arrumado, com acessibilidade e que seja bem-visto por todos”, conta Maria Eduarda, aluna do 1º ano do ensino médio.
É a seguinte a premiação para os dez primeiros colocados:
Professora de português e coordenadora do projeto, Margareth de Brito Alves destaca que a conscientização dos alunos do centro já era trabalhada em sala de aula antes mesmo do prêmio. “Queremos despertar um olhar de valorização pelo espaço da escola”, sustenta.
[Olho texto='”Queremos despertar um olhar de valorização pelo espaço da escola”‘ assinatura=”Margareth de Brito Alves, professora de português e coordenadora do projeto” esquerda_direita_centro=”direita”]
Um painel com mensagens positivas em relação à escola foi afixado na entrada. O intuito é que os alunos criem um laço afetivo com o lugar onde estudam. Além do mural, os estudantes recolhem materiais recicláveis para arrecadar verba destinada a manutenções pontuais.
De acordo com a professora, o trabalho com os alunos relacionado à conscientização ambiental será mantido para além do projeto da controladoria. “O mais importante é a mudança de atitude. Para eles [estudantes] tem um significado muito maior, pois veem na prática o que é passado na sala de aula.”
“A reciclagem faz parte do nosso cotidiano. A produção do lixo só está aumentando. Precisamos fazer algo e ter consciência com o que é produzido e o que pode ser reaproveitado”, explica a aluna Maria Eduarda.
Ela quer repassar todo o conhecimento e experiência com o projeto aos novos alunos no ano que vem. “Se nós cuidamos da nossa escola, estamos pensando no nosso futuro”, finaliza.
Segundo a professora de geografia Vânia Lúcia Souza, o colégio está tendo outro movimento com o projeto. “Os alunos querem deixar suas histórias e, com pequenas ações, transformá-las em algo grande”, expõe.
As atividades estão divididas em etapas. No primeiro momento, os professores das instituições inscritas foram capacitados para a orientação dos alunos nas ações do projeto.
Para avaliar o estado em que se encontra cada unidade de ensino, estudantes responderam a questionários de avaliação das estruturas, das aulas e dos ambientes próximo aos colégios. Com os problemas apontados, cada escola vai preparar um desafio a ser executado pelos alunos, de modo a mudar algum aspecto da realidade escolar.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 140 mil” texto=”Total dos prêmios a serem distribuídos entre os dez primeiros colocados” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Na terça-feira (31), os 4 mil participantes do projeto se encontrarão para falar da experiência que tiveram com a auditoria cívica. O evento será no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em dois horários — às 9 e às 14 horas. Na ocasião, será apresentada a peça O auto da barca da cidadania.
A última etapa consiste em uma prova especial, que será divulgada em novembro, às vésperas da execução da tarefa pelas equipes. A soma da pontuação das atividades vai definir as escolas vencedoras do projeto, que serão conhecidas em dezembro.
De acordo com o controlador-geral do DF, Henrique Ziller, a motivação de criar o prêmio é a de desenvolver ainda mais o espírito cidadão nos estudantes. “Partimos de dez escolas em 2016 e alcançamos mais de cem neste ano. Os grupos que mostrarem mais entendimento sobre a proposta merecem esse incentivo”, confirma.
No total, R$ 140 mil serão distribuídos entre as dez primeiras classificadas. O valor deve ser investido na unidade de ensino. Além disso, três professores orientadores de cada escola vencedora receberão bolsas de pós-graduação, oferecidas pelo Fundo Pró-Gestão, da Escola de Governo do DF.
Edição: Vannildo Mendes