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03/11/2017 às 13:44, atualizado em 06/11/2017 às 15:14
Representantes de órgãos públicos vistoriaram nesta sexta (3) as principais áreas afetadas pelo temporal. Governo criou também comitê de crise para priorizar atenção às demandas da comunidade
Para atender os moradores do Sol Nascente atingidos pelas fortes chuvas de quarta e quinta-feira (2), o governo de Brasília montou uma força-tarefa nesta sexta-feira (3). Representantes das secretarias e dos órgãos responsáveis pela infraestrutura e pelo apoio à região vistoriaram as principais áreas afetadas.
O secretário das Cidades, Marcos Dantas, explicou que o trabalho feito, de início, consistiu em limpar a sujeira, como lixo e lama, trazida pela chuva. “Há várias ligações clandestinas que ocasionam esses problemas. Ontem, tiramos um pneu de uma das redes de esgoto que estava obstruída”, observou.
O Executivo local reforçou a atenção às áreas atingidas com equipes e maquinário, parte dele já existente no local, que passa por amplo processo de urbanização. Desde meados de setembro, o número de máquinas que executam as obras no Sol Nascente passou de 25 para 38.
A orientação de governo é dar prioridade ao restabelecimento da normalidade na região, segundo Dantas. “Além da força-tarefa, o governo desenvolveu um comitê de crise para priorizar a atenção a essa área. Ainda reforçamos o número de máquinas”, apontou.
A formação geográfica, segundo explicou o secretário, influencia no andamento das obras e no resultado de problemas com a chuva. “Isso aqui era um berçário de nascentes do passado e jorra muita água em toda essa região”. Ele afirmou, porém, que, apesar das dificuldades, os desafios têm sido solucionados.
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As áreas mais afetadas foram os Trechos 2 e 3, onde os trabalhos ainda não estão concluídos. “No Trecho 2, estamos com diversas obras, asfaltando as ruas. O Trecho 3 ainda não teve a intervenção do governo, e toda a água de Ceilândia é jogada para essa parte”, descreveu o secretário.
O Trecho 1 do Sol Nascente recebeu as melhorias e teve a urbanização concluída. As obras de drenagem do Trecho 2 estão 60% executadas, e as do Trecho 3 começaram em setembro.
Para o secretário de Infraestrutura, Antônio Coimbra, o efeito da chuva poderia ter sido pior se não houvesse as ações do governo. “O Trecho 1, por exemplo, não teve problema”, disse.
Além de Dantas e Coimbra, acompanharam a inspeção no Sol Nascente a secretária de Projetos Estratégicos, Maria de Lourdes Abadia, e o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Júlio Menegotto.
Nos dois dias de chuva, a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos atendeu 14 famílias que tiveram as casas danificadas.
Para sete delas, foi solicitado o benefício vulnerabilidade (até seis parcelas de R$ 400 por mês) e o excepcional — o aluguel social, de até 12 parcelas de R$ 600 mensais.
Uma casa foi demolida para dar mais segurança aos moradores ao redor. A Defesa Civil montou uma tenda para prestar os primeiros apoios às famílias. Essas pessoas estão em casas de parentes.
O Condomínio Sol Nascente recebe, desde 2015, asfalto, redes de águas pluviais e equipamentos públicos diversos. Segundo a Secretaria de Infraestrutura, a urbanização do local vai beneficiar cerca de 95 mil moradores.
No Trecho 1, há obras de infraestrutura que englobam a conclusão de 25,2 quilômetros de redes de drenagem; cinco lagoas de detenção; e a pavimentação de 304,9 mil metros quadrados de vias, de 7 metros de largura, o equivalente a 44 quilômetros.
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As intervenções no Trecho 2 compreendem a execução de 30,3 quilômetros de redes de drenagem, a construção de três lagoas de retenção, além da pavimentação de 493,5 mil metros quadrados de vias, o equivalente a 70 quilômetros de vias de 7 metros de largura.
No Trecho 3, o contrato prevê 21,3 quilômetros de redes de drenagem, três lagoas de retenção e 450,5 mil metros quadrados de pavimentação.
No total, são investidos R$ 220,3 milhões em benfeitorias no setor habitacional. Os recursos são originários da Caixa Econômica Federal (75%), com contrapartida do governo de Brasília (25%).
Edição: Vannildo Mendes