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06/12/2017 às 09:04, atualizado em 21/12/2017 às 14:51
Atendimentos serão regulados pelas unidades básicas de saúde e caracterizam um nível intermediário entre atenções primária e terciária
Com o fortalecimento da atenção primária, organização da rede pública de saúde está cada vez mais avançada no Distrito Federal. O Executivo local atualmente acelera a fase de estruturação da atenção secundária, que será regulada pelas unidades básicas de saúde (UBS).
Integrarão o novo modelo:
Esse conjunto de equipamentos tem um papel complementar às unidades básicas, que são a porta de entrada da rede.
“Com a estruturação da atenção secundária, a gente consegue cobrir todos os níveis — e com todas as especialidades necessárias”, resume o coordenador da Atenção Especializada da Secretaria de Saúde, Fernando Uzuelli.
De acordo com ele, na atenção primária, conseguem ser resolvidos 85% dos casos que chegam à rede. “Os 15% que a literatura mostra que precisam de uma atenção adicional, em um nível maior de complexidade, podem ser atendidos em um nível secundário ou terciário”, explica.
[Olho texto=”Nas 13 policlínicas, serão oferecidos cuidados para saúde da criança e da mulher e para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Uzuelli destaca que o nível secundário consegue resolver de 10% a 15% dos casos. “Temos um percentual inferior a 5%, que é o que em geral deve demandar o nível terciário.”
O encaminhamento para a atenção secundária será feito pela unidade básica de saúde (UBS). Nas 13 policlínicas, por exemplo, serão oferecidas pelo menos três linhas de cuidados — para saúde da criança e da mulher e para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão.
Outras duas linhas são destacadas como preferenciais, mas não são obrigatórias: práticas integrativas em saúde e doenças infectocontagiosas. O último caso é o único que não precisa ser regulado pela unidade básica de saúde de referência do paciente, devido ao sigilo.
No novo modelo, o paciente será avaliado por mais de um profissional e, depois de atendido, terá seu plano de cuidado, construído pela equipe multiprofissional, encaminhado à unidade básica de saúde de referência, que monitorará a situação e será responsável pela atenção ao usuário.
É o que já ocorre na Policlínica do Paranoá, que tem a linha de cuidados para doenças crônicas já estabelecida, por enquanto para pacientes diagnosticados pelas equipes do Itapoã.
No local, são atendidos pacientes de alto e muito alto riscos, com acompanhamento de uma equipe com dois cardiologistas, dois endocrinologistas, um oftalmologista, um neurologista, um psicólogo, dois enfermeiros e um técnico em enfermagem. O grupo ainda deve receber um assistente social e um farmacêutico clínico.
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Os profissionais ainda auxiliam, se necessário, o atendimento das equipes de saúde da família, que também são responsáveis pelos casos de baixo e médio riscos. Atualmente, mais de 300 pessoas são atendidas no ambulatório de doenças crônicas.
De acordo com a responsável pelo espaço, a gerente de Assistência Clínica do Hospital da Região Leste — antigo Hospital Regional do Paranoá —, onde a policlínica funciona, Raquel Bevilaqua, as visitas ao ambulatório ficam menos frequentes com o passar do tempo. “Já percebemos muita melhora clínica dos pacientes, inclusive com parâmetros laboratoriais.”
A adequação da atenção primária no modelo da Estratégia Saúde da Família é o primeiro passo para a organização de todas redes. Exemplo disso, além da organização da atenção secundária, é a Portaria n° 386, que, entre outras coisas, reorganiza o atendimento nos prontos-socorros do DF.
Edição: Vannildo Mendes