08/01/2018 às 09:10, atualizado em 08/01/2018 às 09:14

Ações sociais do Corpo de Bombeiros alcançaram 30,6 mil pessoas em 2017

De janeiro a novembro, corporação auxiliou na coleta e no transporte de mais de 15 mil litros de leite humano por meio do programa de aleitamento materno

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

Resgatar vítimas, socorrer quem está em apuros, prevenir e combater incêndios são atividades diárias do trabalho do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Os militares, no entanto, atuam fortemente em ações sociais e de cidadania a serviço da população de Brasília. Em 2017, 30.650 mil pessoas foram atendidas pelos projetos da corporação.

As atividades alcançam faixas etárias variadas. No programa Bombeiro Mirim, em 2017, 16.480 crianças e adolescentes, estudantes da rede pública de ensino, receberam aulas de primeiros socorros, prevenção de acidentes domésticos, educação no trânsito e cidadania.

Bombeiros militares recolhem o leite materno separado pela técnica em saúde bucal Luana Barbosa de Oliveira, de 35 anos.

Bombeiros militares recolhem o leite materno separado pela técnica em saúde bucal Luana Barbosa de Oliveira, de 35 anos. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Instituído em 1999, o projeto conta com atividades recreativas e esportivas em 12 regiões administrativas, no horário contrário ao das aulas regulares.

“Essa doação é parte do trabalho de prevenção. Acreditamos que promover a cidadania é essencial para uma sociedade melhor”, destaca o chefe da Assessoria dos Programas Sociais do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Robson Lagares.

Para o militar, além de dialogar com as missões do grupo, as ações sociais criam um ambiente de confiança entre a corporação e os brasilienses. “A população sabe que pode contar conosco e que não aparecemos apenas nos momentos de crise ou catástrofe”, complementa.

Ele conta que no Bombeiro Amigo, outro dos projetos principais, o foco está na saúde dos idosos, que alcançou 8.575 participantes em 2017. Os bombeiros atuaram em cinco regiões com aulas de ginástica, artesanato, trabalho na horta, coral, informática e grupos terapêuticos.

[Olho texto=”“A população sabe que pode contar conosco e que não aparecemos apenas nos momentos de crise ou catástrofe”” assinatura=”Tenente-coronel Robson Lagares, chefe da Assessoria dos Programas Sociais do Corpo de Bombeiros do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Com o objetivo de fomentar a acessibilidade no DF, a corporação tem parceria com o programa Cão Guia, ao qual ajuda no adestramento, treinamento e adaptação de animais que guiarão cegos. Quarenta e seis pessoas foram beneficiadas pelo projeto, de acordo com o balanço de janeiro a novembro.

Moradores de Ceilândia também cruzaram com os militares que prestam assistência às pessoas que praticam corrida e caminhada nas regiões em 2017.

Desde janeiro, foram 4.904 atendimentos com serviços de orientação, controle de pressão arterial e verificação dos batimentos cardíacos pelo Caminhando com Saúde.

No Guará, 691 estudantes de 7 a 14 anos participaram do Programa Taekwondo, uma vertente do Bombeiro Mirim que ocorre exclusivamente no quartel da região administrativa.

Para 2018, o objetivo, de acordo com Lagares, é manter todos os projetos vigentes e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Atualmente, 110 militares dos cerca de 5,5 mil que formam o Corpo de Bombeiros Militar do DF atuam nas equipes dos projetos sociais.

Leite coletado chegou a 9,2 mil bebês em 2017

Com a chegada de Lavínia, em novembro, mudou a rotina da técnica em saúde bucal Luana Barbosa de Oliveira, de 35 anos. Além de se desdobrar nos cuidados que a recém-nascida demanda, a moradora de Taguatinga separa um tempo diário para preencher vidros esterilizados com o leite que sobra da amamentação

[Numeralha titulo_grande=”15 mil litros” texto=”Quantidade de leite materno coletado e transportado em 2017 pelos bombeiros para atender crianças que precisam de suplementação” esquerda_direita_centro=”direita”]

Para fazer com que o alimento chegue a outros bebês, Luana conta com a ajuda de equipes do Corpo de Bombeiros, por meio programa de aleitamento materno, parte dos serviços de emergência médica da corporação.

“Eles explicam direitinho como temos que fazer, tiram dúvidas e são extremamente atenciosos e prestativos”, elogia a doadora, que recebe visita dos militares uma vez por semana.

Os bombeiros são responsáveis pela coleta e pelo transporte seguro do material que ajudará crianças que precisam de suplementação. Só em 2017, as equipes coletaram, 15.125 mil litros de leite humano, que chegaram a 9.278 bebês no DF.

A parceria entre a corporação e a Secretaria de Saúde é parte essencial para funcionamento da Rede de Bancos de Leite Humano do DF. É ela que garante o armazenamento correto do material que salva a vida de bebês na cidade.

“Não vemos hoje a rede sem os bombeiros”, resume a coordenadora de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano da Saúde, Miriam Santos.

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A corporação atua na coleta de segunda a sexta-feira, pela manhã, o que resulta em uma média de 2 mil visitas por mês. Para agendar a busca do material, basta ligar no 160, opção 4. Mesmo assim, muitas mães procuram diretamente o número da corporação para (193) para pedir a visita.

“Além de toda a qualificação das equipes, eles têm a confiança da população para entrar nas casas e fazer um serviço bem feito. São um orgulho para o brasiliense”, constata a servidora da Saúde.

Doações para os Bancos de Leite Humano do DF

Pedido de coleta em domicílio pelo telefone 160, opção 4

Mais informações pelo site Amamenta Brasília

Edição: Vannildo Mendes