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08/01/2018 às 12:42, atualizado em 09/01/2018 às 09:37
Melhorias na infraestrutura, como construção de nova portaria, de tanque de retardo e de revitalização de banheiros, contribuíram para o crescimento
Em três anos, as Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) tiveram aumento de comercialização de 46%. A empresa pública negociou 306.102.102 quilos de alimentos por mês — dados de janeiro a setembro.
Em 2015, no mesmo período, foram 209.603.954 quilos negociados mensalmente. Esse aumento se deve, em parte, às melhorias feitas na infraestrutura do espaço.
Os efeitos também se refletem nos valores negociados no período. Em 2017, a empresa movimentou R$ 771.466.134,09 em produtos diversos. Em 2015, foram R$ 506.537.007,52 — crescimento de 52%.
Nos últimos anos, a Ceasa-DF tem se modernizado, após longo processo de liquidação. De 2003 a 2011, a empresa quase se extinguiu — os compromissos estavam voltados ao pagamento de dívidas e pendências.
Em 2016, ela passou por Programa de Desligamento Voluntário Incentivado (PDVI), ao qual aderiram 20 funcionários.
Ao substituir sistemas elétricos, evitar inundações e dar mais conforto a permissionários e clientes, a Ceasa-DF conseguiu atrair mais negócios.
“Quando assumimos, aparentemente a estrutura não estava tão ruim. Com o passar do tempo, percebemos que a empresa esteve completamente abandonada”, relata o presidente, José Deval.
Conheça alguns dos investimentos feitos na Ceasa em três anos:
Com o objetivo melhorar o acesso, principalmente aos fins de semana, está em implementação nova portaria do centro de compras. A passagem dá a opção de os clientes saírem da Ceasa-DF diretamente da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), ao lado do atacadista Makro. Assim, o trânsito na via principal fica menos intenso.
Também por meio dessa portaria, caminhões com produtos poderão acessar uma balança. Dessa forma, os veículos não precisarão mais cruzar a empresa para pesar o carregamento.
A obra tem custo estimado de R$ 2 milhões e inclui serviços de pavimentação, construção de sala administrativa e implementação do equipamento de pesagem.
Para pôr fim às constantes inundações do pavilhão B-12, está em construção um tanque de retardo. Há anos, permissionários da empresa pública reclamam que, em dias de chuva forte, forma-se uma lâmina de água de 1,5 metro. Isso ocorre porque as galerias pluviais da região encontram-se subdimensionadas em relação aos atuais volumes de chuva.
Assim, o reservatório terá a função de armazenar a água que desce do telhado e liberá-la gradualmente para a rede de drenagem. Com capacidade para 7 milhões de litros de água, ele ficará coberto por uma laje. Também contará com uma abertura para entrada de máquinas para manutenção.
Com isso, pode-se retirar eventuais sedimentos trazidos pela água da chuva e que podem reduzir a profundidade do tanque.
“Poderemos usar o que for armazenado como água de reúso para lavagem dos pavilhões e não perderemos espaço para estacionamento”, destaca Deval.
O custo da intervenção é de R$ 7 milhões, com previsão de entrega para maio de 2018.
Para dar mais segurança aos produtores e comerciantes que ficam na fila de espera do mercado, foi colocado um alambrado de 600 metros, que separa o espaço de comercialização e os estacionamentos de 1 a 11.
Assim, aqueles que chegam com carregamentos no início da madrugada não ficam na rua à mercê de assaltos e saques. Antes, havia a regra de que ninguém poderia entrar na Ceasa-DF antes das 5 horas para evitar que a comercialização começasse antes do horário oficial.
“Com o alambrado, garantimos o horário oficial de atividades e oferecemos segurança aos usuários”, explica o presidente da empresa pública. A instalação da estrutura custou R$ 288 mil.
Uma das substituições necessárias foi a de todo o sistema de iluminação. Postes nos 286 metros quadrados de área tiveram lâmpadas substituídas.
Foram implementados também equipamentos menos altos, como forma de facilitar a manutenção — alguns postes têm 27 metros de altura e estavam escondidos por causa das árvores altas.
As melhorias saíram por R$ 704 mil.
Os 20 boxes de banheiro tiveram piso, torneiras e tubulação de água recuperados neste ano. As portas de alumínio foram substituídas pelas de ferro para evitar roubos da estrutura.
“Os furtos ocorriam semanalmente, dado o valor de mercado do alumínio. Após a substituição por um material mais barato e pesado, o problema cessou”, conta José Deval.
A revitalização dos sanitários custou R$ 51 mil, e a aquisição de novas portas, R$ 8 mil.
No Banco de Alimentos, as portas de aço são duplas e têm abertura do tipo enrolar. Elas facilitam a logística de recebimento das cerca de 12 toneladas de produtos distribuídos pelo setor. O investimento foi de R$ 7 mil.
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Edição: Raquel Flores