12/01/2018 às 18:05, atualizado em 15/01/2018 às 09:33

Inflação no DF recua 1,86 ponto porcentual durante 2017

Comparada a 2016, variação acumulada diminuiu para 3,76%. Análise foi apresentada na Codeplan nesta sexta (12)

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

Durante 2017, a inflação no Distrito Federal medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) diminuiu em relação ao ano anterior: de 5,62%, em 2016, caiu para 3,76% — diferença de 1,86 ponto porcentual.

O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz; o presidente da Codeplan, Lúcio Rennó; o chefe da Seção de Controle de Portaria e Estatística da Ceasa, Fernando Nogueira; e o economista da Diretoria Técnico-Operacional da Ceasa João Bosco Soares Filho. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília.

O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz; o presidente da Codeplan, Lucio Rennó; o chefe da Seção de Controle de Portaria e Estatística da Ceasa, Fernando Nogueira; e o economista da Diretoria Técnico-Operacional da Ceasa João Bosco Soares Filho. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Os números, calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram apresentados pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) na tarde desta sexta-feira (12).

Segundo o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz, a queda se deu em todo o País.

“Nossa inflação anual está abaixo da linha da meta do Banco Central [4,5%] e inferior ao que era apresentado em 2015 e 2016, o que indica uma diminuição contínua.”

Além dos números do ano passado, a Codeplan também mostrou uma análise da inflação de dezembro em Brasília, que aumentou 0,59% em relação a novembro.

Tanto para 2017 quanto para dezembro, o setor de consumo que mais teve influência para uma variação positiva foi o de transportes, no IPCA e no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“Em dezembro, tivemos um efeito sazonal no valor de passagens aéreas, e,  durante o ano, houve o aumento no preço da gasolina e dos transportes públicos”, explicou Cruz.

Como o IPCA mede o consumo de famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, e o INPC, de famílias de 1 a 5, a gasolina e as passagens aéreas têm mais efeito no primeiro índice, enquanto o transporte público, no segundo.

Venda de legumes manteve o Índice Ceasa com variação imperceptível

Hoje também foi apresentado o Índice Ceasa do Distrito Federal (ICDF), medido pela Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF) com base nos preços de 66 itens de hortifrutigranjeiros vendidos em Brasília. A variação do ICDF foi de -0,13% em relação a novembro.

De acordo com o economista da Diretoria Técnico-Operacional da Ceasa João Bosco Soares Filho, esse valor é imperceptível para as centrais. “Mas como ele ficou balanceado por uma alta de verduras e uma queda de legumes, quem consome esses produtos sentiu a diferença no bolso.”

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As verduras tiveram inflação de 22,07%, porque a época de chuvas diminui a produção de folhagens. “E, nos meses de primavera e verão, há mais demanda de saladas”, detalhou Soares Filho.

Já os legumes diminuíram 9,69%, porque dezembro é mês de maior produção de jiló (-49,89%), abóbora japonesa (-40,78%), berinjela (-34,89%), pimentão (-32,68%) e cenoura (-23,08%).

Nos grupos de ovos e grãos, as variações foram de -0,65% e de 2,66% no de frutas. A banana-prata (31,46%), a banana-nanica (29,66%) e o abacate (31,25%) estão em período de entressafra, o que aumentou o preço das frutas, enquanto ovos e grãos não tiveram peso no ICDF por terem variação muito baixa.

Veja a íntegra da apresentação do IPCA — INPC de dezembro de 2017.

Edição: Raquel Flores