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28/02/2018 às 20:57, atualizado em 26/03/2018 às 13:50
Local oferece salas para prática e pesquisa e terá gestão compartilhada com artistas do setor. Governador de Brasília participou da cerimônia na noite desta quarta (28)
O Centro de Dança do Distrito Federal, no Setor Cultural Norte, foi reaberto na noite desta quarta-feira (28). Bailarinos, coreógrafos, produtores e demais representantes do setor acompanharam a reinauguração do espaço. Fundado em 1993, ele tinha sido desativado em 2013.
Na cerimônia de reabertura, o governador Rodrigo Rollemberg reconheceu a luta da categoria para a recuperação do local. “Esse espaço será um templo da diversidade cultural e favorecerá todas as linguagens da dança que temos no DF”, defendeu. O chefe do Executivo estava acompanhado da esposa e colaboradora do governo, Marcia Rollemberg.
“Brasília será uma cidade muito melhor quando tiver esses espaços abertos de volta à população”, acrescentou o chefe do Executivo, em referência às outras obras em equipamentos culturais como o Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) e no Teatro Nacional Claudio Santoro.
O secretário de Cultura, Guilherme Reis, ressaltou a participação social como pilar para a reabertura do local. “Estamos extremamente felizes em começar a devolver à população os equipamentos públicos de cultura”, disse.
Para ele, a reforma é uma oportunidade para retomar o estímulo a pesquisas e ao desenvolvimento do setor em todo o DF. “Aqui, hoje, há muita gente que fez a história da dança de Brasília e certamente outras que darão continuidade a esse legado”, defendeu.
[Olho texto='”Esse espaço será um templo da diversidade cultural e favorecerá todas as linguagens da dança que temos no DF”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Reformado, o prédio dispõe de piso próprio para prática de dança, fachada e banheiros novos, sistemas elétrico e hidráulico adequados, iluminação modernizada e acessibilidade, como rampas e corrimãos.
Aos 79 anos, a coreógrafa e bailarina Yara de Cunto lembrou o espaço como um local de muitas memórias e definiu o momento como importantíssimo para o setor.
“Hoje renovamos a esperança. Precisamos tomar consciência de que nossa participação ativa transformará esse local em um centro dinâmico e que possa abrigar as várias complexidades da dança”, disse aos colegas.
A convocatória para ocupação do centro será importante para dançarinos como Hyrio Netto, de 53 anos, integrante do Grupo de Dança Charme em Movimento DF. “Esperamos que seja um espaço democrático de cultura, que leve a dança para todos”, acredita o morador de Guará II, adepto da prática há 40 anos.
O grupo é formado por 12 integrantes de regiões administrativas do DF e, além de fazer apresentações, ministra oficinas de charme em comunidades em situação de vulnerabilidades.
A readequação foi possível graças ao recurso de R$ 3,2 milhões, financiados pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).
A estrutura é formada por:
Representante da associação Conexões Criativas, o curador artístico Jorge Alencar reforçou que a entidade tem dialogado diretamente com a categoria do DF. “Sabemos que aqui é um espaço de luta, resistência e arte. Queremos compor essa gestão de forma colaborativa, com muito carinho e cuidado.”
A curadoria e a coordenação das atividades do Centro de Dança do DF serão conduzidas em parceria com a organização da sociedade civil Conexões Criativas.
Selecionada por meio de chamamento público, até dezembro, a associação será responsável pela programação das atividades e por estimular o fomento a pesquisas de linguagem, investigação do movimento, qualificação artística e aperfeiçoamento profissional.
O orçamento previsto para articular as ações é de R$ 600 mil. Ao longo desse período, convocatórias públicas permitirão a ocupação dos espaços do Centro de Dança. As inscrições para a primeira delas ficarão abertas desta quinta-feira (1º) a 12 de março.
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A colaboração está integrada ao programa Lugar de Cultura e alinhada às diretrizes da Política de Estímulo e Valorização da Dança do Distrito Federal, instituída pela Portaria nº 250, de 29 de agosto de 2017, para promover a inovação, o intercâmbio e o empreendedorismo no segmento.
Como parte das primeiras atividades do Centro de Dança depois da reforma, a exposição fotográfica A História que se Dança ficará em cartaz no local até 17 de junho.
A mostra apresenta 30 fotos de artistas de grupos locais do setor, com base no acervo da exposição sobre os 45 anos da dança no DF, organizada por Marconi Valadares e Yara de Cunto.
A exposição, que ficará em cartaz até 17 de junho, segue a linha curatorial do livro A História que se Dança, lançado em 2006 no Centro de Dança do DF.
De quinta-feira (1º) até sábado (3), artistas ligados à dança ocuparão as instalações recém-inauguradas com o seminário Abre Alas.
O evento, gratuito, terá três eixos temáticos:
Compõem a agenda mesas-redondas com representantes da cena de Brasília e de outras unidades da Federação, lançamentos de livros, mostra de videodança e a instalação coreográfica Biblioteca de Dança.
Seminário Abre Alas
De 1º a 3 de março (quinta-feira a sábado)
Das 14 horas às 19h30
Programação completa no site do Centro de Dança do DF
Exposição A História que se Dança
Visitação até 17 de junho
Das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas
Convocatórias públicas para ocupação dos espaços
De 1º a 12 de março
Inscrição de propostas pelo site do Centro de Dança do DF
Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na reabertura do Centro de Dança do DF.
Edição: Raquel Flores e Vannildo Mendes