09/03/2018 às 19:42, atualizado em 12/03/2018 às 12:42

Inflação tem alta de 0,19% em fevereiro no DF

Aumento do IPCA se deve principalmente à elevação das mensalidades de escolas particulares. Mesmo assim, Brasília teve menor variação no grupo, comparado a outras regiões do País

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em Brasília teve alta de 0,19% em fevereiro, comparada ao mês anterior. O aumento se deve, principalmente, à elevação das mensalidades de escolas particulares no início do ano letivo.

A gerente de Contas e Estudos Setoriais, Clarissa Jahns Schlabitz; o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz; o chefe da Seção de Controle de Portaria e Estatística da Ceasa, Fernando Nogueira; e o economista da Diretoria Técnico-Operacional da Ceasa João Bosco Soares Filho. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A gerente de Contas e Estudos Setoriais, Clarissa Jahns Schlabitz; o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz; o chefe da Seção de Controle de Portaria e Estatística da Ceasa, Fernando Nogueira; e o economista da Diretoria Técnico-Operacional da Ceasa João Bosco Soares Filho. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Os dados do índice foram divulgados, nesta sexta-feira (9), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A variação referente à educação em Brasília foi de 3,13 no mês.

O porcentual, no entanto, foi menor do que a média nacional, de 3,89%, e inferior às outras regiões do País. O valor referente a fevereiro de 2018 também ficou abaixo do verificado no mesmo período de 2017 (3,56) e 2016 (6,48).

Outros dois grupos importantes para composição do porcentual de inflação foram transportes e alimentação e bebida. No primeiro, o estudo destaca o aumento da gasolina (3,46%). A variação desse item não foi maior, no entanto, devido à queda de 10,06% no preço das passagens aéreas.

[Olho texto=”Grupos de transportes (com destaque para gasolina) e de alimentação e bebidas também contribuíram para a alta do IPCA no mês” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

No grupo alimentação e bebidas, que teve variação de 0,2%, o destaque foi para refeição fora de casa, que teve acréscimo de 0,91% e teve peso no índice de 0,057 pontos percentuais.

No acumulado de 12 meses, a inflação registra alta de 3,10%. Saúde e cuidados pessoais, educação, transportes e despesas pessoais pressionaram o aumento.

A Codeplan também analisou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve variação de 0,04%, mas que, no acumulado do ano, registrou queda de 0,12%.

O principal grupo para o comportamento da taxa também foi o de educação, com variação de 1,56%. Nesse caso, alimentação e bebidas e artigos de residência tiveram deflação de -0,76% e -2,63%.

Índice Ceasa

Durante a análise, também foi apresentado o Índice Ceasa, que acompanha 66 itens de hortifrutigranjeiros. Houve queda na média geral dos preços de 4,6% em fevereiro.

O setor de frutas recuou 6,01%, com destaque para o abacate, com queda de 57,25%, limão-tahiti (-32,96) e maracujá (-31,70). Teve alta a maçã Fuji (25,7%).

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As verduras tiveram queda registrada em 12,32%. Os principais itens foram o brócolis (-29,14) e as alfaces americana e lisa/crespa (-24,91% e -22,51%). Isso se deve a uma produção estável, apesar das chuvas.

Os ovos e os grãos tiveram apreciação registrada em 2,32%. Comportamento que a Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa) analisa ter relação com a Semana Santa.

Edição: Vannildo Mendes