15/03/2018 às 17:08, atualizado em 08/05/2018 às 16:51

Embaixadas de Portas Abertas apresenta cultura da Guiana a alunos do Itapoã

Estudantes do 7º ano do Centro de Ensino Fundamental Doutora Zilda Arns esclareceram dúvidas e puderam jogar críquete, esporte mais popular do país vizinho

Por Dávini Ribeiro, da Agência Brasília

A segunda edição de 2018 do programa Embaixadas de Portas Abertas promoveu a visita, nesta quinta-feira (15), à sede diplomática da Guiana em Brasília.

Os alunos do Centro de Ensino Fundamental Drª Zilda Arns, do Itapoã, conheceram a Embaixada da Guiana e puderam aprender e jogar um pouco do esporte mais praticado no país, o cricket.

Os alunos do Centro de Ensino Fundamental Drª Zilda Arns, do Itapoã, conheceram a Embaixada da Guiana e puderam jogar um pouco do esporte mais praticado no país, o críquete. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Os alunos do Centro de Ensino Fundamental Doutora Zilda Arns, do Itapoã, fizeram perguntas sobre cultura e economia e puderam saborear a culinária típica do país vizinho.

Recepcionados pelo embaixador George Wilfred Talbot e pela embaixatriz Grace Angela Talbot, eles apreciaram, em especial, um prato preparado com lentilhas e chips de banana-da-terra.

O ponto alto da visita foi a demonstração do esporte mais popular da Guiana, o críquete. Os alunos não só viram, mas puderam treinar a modalidade, com instruções dos professores da Associação Brasiliense de Críquete.

Antes disso, eles fizeram um tour pelas dependências da embaixada, conheceram os cargos que compõem a carreira diplomática e se informaram sobre a moeda local, o dólar guianense.

[Olho texto='”Nas regiões de fronteira, as pessoas comem farinha, dançam forró e, muitas vezes, têm mais facilidade de chegar ao Brasil do que às áreas urbanas da Guiana”‘ assinatura=”William Harris, segundo-secretário da Embaixada da Guiana” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Coube ao segundo-secretário da embaixada, William Harris, esclarecer as dúvidas dos estudantes. Ele ressaltou que a Guiana tem um patrimônio ambiental muito importante em comum com o Brasil — a Floresta Amazônica.

Cerca de 80% do território é composto por floresta e há uma extensa divisa entre os dois países. “Nas regiões de fronteira, as pessoas comem farinha e dançam forró. Muitas vezes, elas têm mais facilidade de chegar ao Brasil do que às áreas urbanas da Guiana”, contou William.

Oportunidade de aprendizado

A professora Consuelita Oliveira, de geografia, fez uma preparação com os alunos em sala de aula. “Eles fizeram pesquisas e ficaram muito curiosos sobre o significado das cores da bandeira, com o esporte e a culinária da Guiana.”

Eleito pela professora como o mais curioso, Luiz Eduardo, de 13 anos, agradeceu, em nome da turma, a oportunidade. Ele fez perguntas e ficou impressionado em ver de perto o que tinha estudado. “Adorei a comida. Eles têm muitas coisas diferentes do Brasil. Vou levar daqui muita aprendizagem”, disse.

Ao fim da visita, uma minibandeira da Guiana foi entregue a cada aluno como lembrança. Além disso, a embaixada vai marcar uma data para ir até a escola retribuir a visita.

Estreitar laços com outras nações

O Embaixadas de Portas Abertas preza pelo contato real e pela vivência mais próxima da cultura de outro país. “É uma grande oportunidade para que a interação aconteça. O programa tem criado elos de amizade muito grandes entre comunidades e embaixadas”, ressaltou a idealizadora do projeto e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg, que esteve na visita.

[Olho texto='”É uma grande oportunidade de que a interação aconteça. O programa tem criado elos de amizade muito grandes entre comunidades e embaixadas”‘ assinatura=”Márcia Rollemberg, colaboradora do governo de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”]

Ela aproveitou para convidar todos a participar do Fórum Mundial da Água — evento que ocorre de 18 a 23 de março em Brasília —, no qual, inclusive, o presidente da Guiana estará presente.

Em 2015, o Embaixadas de Portas Abertas começou como projeto piloto e foi instituído oficialmente em 9 de agosto de 2017. O objetivo do programa é aproximar os alunos da rede pública da carreira diplomática e apresentar-lhes os costumes de outras regiões do mundo.

As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.

A iniciativa é uma parceria da Assessoria Internacional com a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que faz transporte dos alunos das escolas às embaixadas.

As representações diplomáticas interessadas em participar do programa podem enviar e-mail para assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.

Edição: Vannildo Mendes