21/03/2018 às 10:29, atualizado em 23/03/2018 às 14:43

No mês da mulher, moradoras de Ceilândia debatem prevenção à violência

Representantes do governo de Brasília participam do encontro para discutir com a comunidade o papel feminino no enfrentamento às agressões. Mesa-redonda será nesta quinta (22), no Ceam

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

Para compartilhar conhecimentos sobre o combate à violência de gênero, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) de Ceilândia promoverá mesa-redonda com representantes do governo de Brasília nesta quinta-feira (22), às 10 horas.

A chefe do centro, Erika Laurindo, ressalta o valor do tema para a população local. “As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica. Essa é uma oportunidade de levarmos esses pontos de vista para o debate com os participantes.”

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Além de Erika, estarão presentes a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, e a professora Gina Vieira, representante da Secretaria de Educação e idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras.

Elas discutirão o tema com representantes das Procuradorias da Mulher da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Durante a mesa-redonda, a unidade móvel da Deam estará disponível para atendimentos.

A agenda em Ceilândia é parte do projeto Pauta Feminina, iniciativa das duas procuradorias do Legislativo federal. Uma vez por mês, reuniões sobre o espaço da mulher na sociedade são organizadas no Congresso Nacional.

Em março, como parte das celebrações do mês da mulher da Procuradoria do Senado, o encontro foi marcado em Ceilândia.

Brasília tem política pública de prevenção à violência contra mulheres

Para diminuir a incidência de casos de assédio e de estupros, Brasília participa, desde novembro de 2017, da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Além disso, o governo local tem o Comitê Intersetorial para o Combate à Violência Sexual no DF, que trabalha com mapeamento de medidas de combate efetivo ao estupro e ao assédio. Com isso, novas ações são implementadas.

Mesmo com o menor índice de homicídio dos últimos 29 anos, o Distrito Federal tem apresentado aumento dos registros de estupros. Em 2017, foram 92% a mais de denúncias que no ano anterior.

O incremento das notificações se explica, em parte, porque mais pessoas denunciam o crime em novos espaços criados, além das delegacias policiais. Elas o fazem por entender que a violência sexual tem de ser atendida em unidades psicossociais e de saúde.

Mesa-redonda A voz das mulheres no combate à violência doméstica

22 de março (quinta-feira)

Às 10 horas

No Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Ceilândia (QNM 2, Conjunto F, Lotes 1/3)

Entrada livre

Edição: Vannildo Mendes