14/04/2018 às 08:49

Campanha contra febre aftosa começa em 1º de maio

Criadores devem vacinar todo o rebanho de bovinos e bubalinos do DF. Medida garante status de território livre da doença

Por Maryna Lacerda, da Agência Brasília

Como forma de evitar a transmissão da febre aftosa, todo o rebanho de bovinos e bubalinos do Distrito Federal deve ser vacinado a partir de 1º de maio. A medida é uma forma de manter o status do território como livre da incidência da doença — obtido em 2000.

Vacinação contra febre aftosa começa no DF em 1º de maio.

Vacinação contra febre aftosa começa no DF em 1º de maio. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília – 22.11.2016

A expectativa é que 96.188 bovídeos, de todas as idades, sejam imunizados na campanha (95.323 bovinos e 865 bubalinos). A mobilização vai até 31 de maio e evita a proliferação do vírus da família Picornaviridae, do gênero Aphthovirus. Quem descumprir a norma está sujeito a multa e outras punições.

A enfermidade é de fácil contágio pelo ar e, apesar de não levar à morte do animal, causa perdas significativas à criação. Além disso, ela é um dos principais entraves à exportação da carne.

Sintomas da febre aftosa

Os principais sintomas da febre aftosa são feridas na boca, nas glândulas mamárias e no casco. O diagnóstico é feito ao observar a salivação excessiva e se o animal anda com dificuldade. Por não conseguir se alimentar, ele apresenta enfraquecimento e perda de peso.

Em 1998, o Brasil recebeu o primeiro reconhecimento de zona livre de febre aftosa, obtido com a vacinação em massa nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O Distrito Federal alcançou essa categorização dois anos depois, por não apresentar registrar incidência da febre aftosa desde 1993.

A aquisição das doses deve ser feita em lojas credenciadas pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Punições para quem não vacinar o rebanho

A multa para os criadores que não vacinarem seus animais dentro do prazo fica a partir de R$ 182,22 ou de R$ 12,15 por animal — com prevalência do maior valor.

Para aqueles que não comprovarem a vacinação, a multa é de R$ 182,22. Além disso, fica impedido qualquer tipo de comercialização enquanto a situação não for regularizada.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O prazo para a entrega dos formulários que comprovam a aplicação das ampolas vai até 11 de junho. O processo é fundamental para emissão da guia de trânsito animal (GTA), documento que autoriza o produtor a transitar e comercializar produtos como carne e leite.

O procedimento pode ser feito presencialmente nos escritórios da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (veja abaixo).

Também é possível remeter a documentação ao órgão de forma eletrônica. O produtor que já tiver cadastro no Módulo do Produtor Rural pode enviar a documentação por meio do sistema.

Redução da dose só vale a partir de 2019

No início deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou a diminuição da dose aplicada aos bovídeos.

A medida vale para 2019, quando os produtores poderão reduzir o volume aplicado da vacina de 5 mililitros para 2 mililitros. A determinação está prevista na Instrução Normativa nº 11, publicada no Diário Oficial da União em 22 de janeiro.

Escritórios da Secretaria da Agricultura

Asa Norte

Parque Estação Biológica – Edifício-Sede

(61) 3340-3862

Brazlândia

Setor Tradicional Alameda Veredinha, Quadra 24, Bloco A, Lote 3

(61) 3391-6426

Gama

Quadra 1, Lote 14/24, Comercial Norte

(61) 3484-3484

Planaltina

Avenida Independência, Quadra 2, Bloco B, Área Central, Setor Comercial

(61) 3389-3738

Sobradinho

Quadra 8, Área Especial 3

(61) 3487-1438

Rio Preto (Planaltina)

Sede do Núcleo Rural Rio Preto

(61) 3500-1359

São Sebastião

Escritório da Emater na Avenida Comercial, Lote 8 (somente nas manhãs de quarta-feira)

(61) 3339-1556 e 3311-9393

Edição: Paula Oliveira