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18/04/2018 às 11:34, atualizado em 18/04/2018 às 18:33
Abraço simbólico contra determinação da Justiça que afasta organização social da administração da unidade de saúde especializada em tratamento de câncer infantojuvenil ocorreu na manhã desta quarta (18)
Autoridades do governo de Brasília, funcionários, pacientes e representantes da sociedade manifestaram-se na manhã desta quarta-feira (18) contra a decisão judicial que determinou retirar o Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) da gestão do Hospital da Criança de Brasília José Alencar.
“Não há jeito melhor de servir do que por meio da saúde. Como brasiliense, fiquei orgulhoso de ouvir da boca da maior autoridade de saúde mundial [diretor-geral da Organização Mundial da Saúde] que o Hospital da Criança é um exemplo que deveria ser levado para o mundo”, destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.
Ele lembrou que o hospital foi criado, doado e gerido pela sociedade, é 100% público e que o governo deixou de alocar R$ 40 milhões para a Universíade [Jogos Universitários Mundiais] em 2019. “Cancelamos o evento aqui e destinamos o recurso para a construção do Bloco 2 do Hospital da Criança.”
O governador reiterou que vai tentar reverter a determinação da Justiça. “Confio nas instituições brasilienses. Vamos, por meio da audiência de conciliação, mostrar todos os argumentos, fazer ajustes formais, se for o caso, mas não abrimos mão de ter o hospital gerido por pessoas sérias, de forma competente”, justificou Rollemberg.
[Olho texto='”Fiquei orgulhoso de ouvir da boca da maior autoridade de saúde mundial que o Hospital da Criança é um exemplo que deveria ser levado para o mundo”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Em entrevista logo antes do abraço, o chefe do Executivo local disse que “os planos A, B, C e D do governo” são a audiência de conciliação na terça-feira (24). A reunião contará com:
Segundo o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, o Hospital da Criança de Brasília é o mais bem avaliado do DF. “São 2,7 milhões de atendimentos e 98,8% de aprovação. É um sonho em expansão, inauguraremos em breve o Bloco 2. Não deixaremos que caprichos de uma ou duas pessoas fechem a unidade.”
O diretor-presidente do Icipe, Newton Alarcão, ressaltou a experiência da organização social para gerir o hospital. “Não existe acusação de desvio de recursos, de ineficiência. São formalidades, de dizer que o Icipe não tem experiência como organização social, mas a experiência não está no prédio, está nas pessoas. E nós temos.”
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Também participaram do ato em defesa do modelo de gestão da unidade de saúde especializada em tratamento de câncer infantojuvenil o superintendente-executivo, Renílson Rehem, e a diretora-técnica, Isis Magalhães. O evento reuniu ainda membros do setor produtivo, da Câmara Legislativa e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A decisão judicial pela transferência de gestão do hospital é do juiz titular da 7ª Vara da Fazenda Pública, Paulo Afonso Cavichioli Carmona. Ela proíbe o Icipe de ter contratos com o poder público durante três anos. Para o magistrado, a entidade não cumpriu requisitos necessários para ter qualificação como organização social.
Entre os manifestantes estava a presidente da Associação Brasileira de Assistência às Famílias Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), Maria Ângela Marini. A entidade é a responsável pela construção do Hospital da Criança de Brasília.
Para Maria Ângela, o ato de hoje demonstra o interesse da sociedade na unidade de saúde. “Como mãe de ex-paciente, digo que as crianças são a razão de o hospital existir.”
[Olho texto='”Como mãe de ex-paciente, digo que as crianças são a razão de o hospital existir”‘ assinatura=”Maria Ângela Marini, presidente da Abrace” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Assim como Maria Ângela, a contadora Ana Maria Batista Alves, de 35 anos, e o militar Márcio Sandro Alves da Silva, de 40 anos, conviveram com o câncer de um filho.
Em 2012, Eduardo Augusto Alves Batista, à época com 4 anos (hoje com 10), foi diagnosticado com leucemia. Atendido no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), o garoto foi encaminhado para o Hospital da Criança.
Foram três anos e meio de tratamento, que culminaram na cura. “O Hospital da Criança é um ninho de amor. Quando a gente chamava Eduardo para o hospital, ele queria ir, porque tinha brinquedoteca, contadores de história, gente do teatro, as paredes pintadas. A criança se sente dentro de um parque”, contou Ana Maria.
“A estrutura e os profissionais são de excelência. Passamos por um período muito difícil, mas sentimos o amor e o comprometimento de quem trabalha aqui”, disse Márcio Sandro, logo complementado pelo filho. “É muito legal”, sintetizou Eduardo, que, superado o câncer, sonha em ser cirurgião plástico ou jogador de futebol.
Inaugurado em 23 de novembro de 2011, com 7 mil metros quadrados, o Bloco 1 do hospital foi construído pela Abrace e doado ao governo de Brasília. Atualmente são atendidas mais de 40 mil famílias no local.
É uma unidade pública, que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte da rede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A administração, no entanto, é feita pelo Icipe — associação de direito privado sem fins econômicos ou lucrativos criada pela Abrace.
Por ser de especialidades, o Hospital da Criança não atende emergências — os pacientes chegam encaminhados pelas unidades básicas de saúde (UBS).
Até o fim de março de 2018, foram:
Com mais de 95% das obras executadas, quando inaugurado, o Bloco 2 terá, em dois pavimentos:
O Hospital da Criança de Brasília fica no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), ao lado do Hospital de Apoio.
Edição: Raquel Flores