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02/05/2018 às 15:15
Unidade de ensino fica no Paranoá e trabalha a partir de uma nova proposta pedagógica, que prioriza o ensino por meio de projetos
O primeiro dia útil de maio marcou o início das atividades da Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá. Nesta quarta-feira (2), enquanto um grupo de alunos trabalhava com jogos educativos, outro, em um ambiente distinto, refletia questões como preconceito, a partir da leitura da obra Na minha escola todo mundo é igual, de Rossana Ramos.
A unidade no Conjunto A da Quadra 3 do Paranoá trabalha com base em uma proposta pedagógica que prioriza o ensino por meio de projetos. São atendidos alunos da educação infantil e dos três anos iniciais do ensino fundamental que moram na região, vindos da Escola Classe 8 do Cruzeiro.
No novo colégio, os alunos são instigados a aprender diante de problemas da comunidade. “É uma inovação pedagógica, uma nova forma de acesso aos conteúdos tradicionais e de inserção da comunidade na escola”, destaca a diretora, Renata Resende.
[Olho texto=”“Cada turma tem dois educadores, e eles vão, ao longo dos dias, passar por seis espaços diferentes de aprendizagem”” assinatura=”Renata Resende, diretora da Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O conteúdo é o mesmo previsto na Base Nacional Comum Curricular, e não são aplicadas provas. A avaliação é feita de maneira contínua, processual e cumulativa, como preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
“O diferencial está no tratamento pedagógico que será dado na alfabetização das crianças, tendo como objetivo que todas atinjam, até 8 anos de idade, o padrão mínimo estipulado”, explica o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho.
Segundo ele, esse modelo em que não há formação de turma por ano escolar ou faixa etária permitirá o resgate dos que não atingiram tais conhecimentos e o avanço dos mais novos, “de maneira que todo o grupo alcance os níveis desejados na fase de alfabetização”.
De acordo com Renata Resende, os primeiros 10 dias de aula serão de adaptação. “É importante que as crianças entendam como essa escola funciona e que essa transição seja o mais suave possível para elas”, pontua.
“Agrupamos os alunos, e eles estão em grupos divididos por cores. Cada turma tem dois educadores responsáveis, e eles vão, ao longo dos dias, passar por seis espaços diferenciados de aprendizagem, onde farão atividades diferentes em cada um deles”, completa a diretora.
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A expectativa é que, quando em pleno funcionamento, sejam atendidos na Escola Classe Comunidade de Aprendizagem cerca de 560 estudantes. O espaço onde funciona a unidade é alugado ao custo de R$ 38,9 mil por mês e passou por adaptações para receber os estudantes.
Houve visitas a experiências semelhantes em outras unidades da Federação. Além disso, colaboraram a Universidade de Brasília e o pedagogo português José Pacheco, que encabeçou a criação da Escola da Ponte em Portugal. Esta não tem divisão por séries, e os alunos definem áreas de interesse e desenvolvem projetos de pesquisa.
Edição: Marina Mercante