30/05/2018 às 11:34, atualizado em 30/05/2018 às 13:44

Brasília teve aumento de 8 mil postos de trabalho em abril

Maiores índices foram para o setor de comércio (1,3%) e serviços (0,4%). Os números foram divulgados nesta quarta (30)

Por Cibele Moreira e Dávini Ribeiro, da Agência Brasília

Brasília ganhou cerca de 8 mil postos de trabalho em abril. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (30) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), os setores que mais empregaram foram: comércio (1,3%) e serviços (0,4%).

Brasília ganhou cerca de 8 mil postos de trabalho em abril. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (30) pela Codeplan, os setores que mais empregaram foram: comércio (1,3%) e serviços (0,4%).

Brasília ganhou cerca de 8 mil postos de trabalho em abril. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (30) pela Codeplan, os setores que mais empregaram foram: comércio (1,3%) e serviços (0,4%). Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O estudo aponta que a indústria de transformação e o setor de construção civil permaneceram estáveis, e que a administração pública apresentou uma variação negativa de 2,2%.

Segundo o balanço, houve estabilidade no contingente de assalariados do setor privado (0,2%) e redução do setor público (-1%). A quantidade de carteiras assinadas pouco variou (-0,2%) e subiu o número de autônomos para 2%. Já os empregados domésticos tiveram uma queda de -2,4%.

Mesmo com o aumento de postos de trabalho, a taxa de desemprego cresceu: foi de 18,9% em março para 19,2% em abril. Isso porque, segundo os dados, a população economicamente ativa teve um acréscimo significativo — 16 mil pessoas a mais em busca de emprego no período.

A estimativa de desempregados foi de 315 mil no último mês, contra 307 mil em março. O DF tem mais de 1,3 milhão de pessoas no mercado de trabalho.

A população jovem, de 16 a 24 anos, representa o maior número de desempregados (40,8%). Dos que procuram ocupação, 53% são mulheres.

O estudo revelou ainda que entre as pessoas de menor renda e menor escolaridade o desemprego cresceu mais (média-baixa renda foi de 22,3% para 23,3% e baixa renda de 25,4% para 26,4%), enquanto no grupo dos mais ricos houve redução (de 16,6% para 15,3%).

“A pressão na população de baixa renda [no mercado] é maior porque outros membros da família procuram emprego. Coisa que não ocorre no grupo de alta renda, quem que o chefe de família ganha o suficiente para que os filhos fiquem mais tempo se preparando”, disse a coordenadora da pesquisa por parte do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Lara.

Comportamento em 12 meses

De abril de 2017 a abril de 2018, a taxa de desemprego total passou de 20,5% para 19,2%. A quantidade de desempregados reduziu em 21 mil pessoas em decorrência da criação de 23 mil postos de trabalho e da estabilidade da população economicamente ativa.

Quanto à posição na ocupação, o setor de serviços empregou 18 mil pessoas nos últimos 12 meses. Já o comércio foi responsável por 8 mil ocupações, e a administração pública aumentou 4,6% com 8 mil postos de trabalho.

O grupo de assalariados apresentou variação positiva com 1,9% no setor privado, e 5,3% no setor público. A quantidade de carteira assinada subiu para 1,7%, e de autônomos 1,6%.