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25/11/2018 às 09:23, atualizado em 25/11/2018 às 10:10
José Ferreira, de 64 anos, é um dos 8 abrigados que vão mostrar trabalhos na mostra Histórias Pintadas até 2 de dezembro
“Verdadeiros artistas.” É assim que a gerente da Unidade de Acolhimento de Idosos (Unai), Daiane Guedes, define os oito integrantes do espaço que vão expor trabalhos na mostra Histórias Pintadas.
Serão 40 telas, que poderão ser vistas de 28 de novembro a 2 de dezembro no Museu Nacional. A entrada para visitação é franca.
A inauguração, aberta ao público, será na terça-feira (27), às 19h30, com a presença dos pintores e outros idosos acolhidos na Unai, vinculada à Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
Um dos expositores, José Ferreira, de 64 anos, diz ter se encontrado na arte de retratar paisagens e fazer quadros abstratos. Ele é um dos destaques do projeto com 11 produções na mostra.
“Nunca imaginei sentir tudo o que sinto quando estou pintando. Talvez seja alguma carência que eu tinha retraída, mas a minha vida mudou da água para o vinho. Algo dentro de mim começou a brotar”, relata.
José conta que, com a descoberta do talento, perdeu o medo de não ter o que fazer quando tivesse de sair da unidade. “Agora eu sei, a primeira coisa que faço quando pego dinheiro é comprar tinta”, completa.
As telas foram pintadas de abril a junho deste ano, em oficinas ministradas pela aluna de artes da Universidade de Brasília (UnB) Camilla Dantas e pela gerente da Unai.
[Olho texto='”A minha vida mudou da água para o vinho”‘ assinatura=” José Ferreira, idoso acolhido na Unai” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Nos 12 encontros, discutiram-se temas como infância, família, direitos dos idosos e perspectiva de futuro. Após as rodas de conversa, em que eram apresentadas obras de artistas famosos sobre os assuntos abordados, os idosos pintavam sobre o que sentiram com os debates.
Outro que não largou o pincel ao fim do projeto foi Tereziano Mendes, de 62 anos. “Foi uma luz no fim do túnel”, garante. Os colegas relatam que, antes calado e com dificuldades para se locomover pela unidade, hoje ele é outra pessoa.
“Ver que eles podem emplacar isso para a vida, para mim é gratificante demais. É um sonho”, comemora Daiane, gerente da Unai.
Além das telas, fotografias feitas no ateliê por voluntários também estarão expostas para que o público veja como foi o processo de confecção das obras. Todos os materiais foram fruto de doação.
A iniciativa, que nasceu como projeto de extensão da UnB, contou ainda com a colaboração da professora do Departamento de Educação Tatiana Yokoy.
A Unai faz o acolhimento provisório para idosos desacompanhados, que se encontrem em situação de rua ou de abandono, violência, migração ou sem condições de se sustentar.
O tempo de permanência depende da necessidade de cada caso, que passa por avaliação de três em três meses.
Para acessar os serviços de acolhimento institucional deve-se entrar em contato com a Central de Regulação de Vagas, pelo telefone (61) 3223-2656.
É preciso também ir a uma das unidades mais próximas do centro de referência de assistência social (Cras), do centro de referência especializado de assistência social (Creas) ou do centro de referência especializado para população em situação de rua (Centro Pop).
Interessados em promover alguma atividade voluntária nos espaços de acolhimento podem entrar em contato com a unidade. A gestão avalia a proposta e, se aprovada, marca os dias e horários para que seja desenvolvida.
A Unai fica na QNF 24, Área Especial, Taguatinga Norte, e o telefone é: (61) 3245-5825.
Exposição Histórias Pintadas
De 28 de novembro a 2 de dezembro
Abertura em 27 de novembro (aberta ao público), às 19 horas
No Museu Nacional – Conjunto Cultural da República
Visitação de terça-feira a domingo
Das 9 horas às 18h30
Entrada franca
Edição: Raquel Flores