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04/12/2018 às 18:24, atualizado em 04/12/2018 às 19:03
Cerimônia de entrega aos vencedores da iniciativa da Controladoria-Geral ocorreu na tarde desta terça (4), com a presença do governador de Brasília
Foi uma tarde de festa para os quase 2 mil alunos que participaram nesta terça-feira (4) da cerimônia de entrega do 2º Prêmio Controladoria na Escola. As 36 finalistas do projeto marcaram presença no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Em primeiro lugar na categoria 1, que compreendia turmas de quarto e quinto anos, o Centro de Ensino Fundamental Cerâmicas Reunidas Dom Bosco, de Planaltina, ganhou R$ 30 mil — recurso que deve ser usado em melhorias na instituição.
A vitória veio com a iniciativa de revitalização e preservação da área verde que rodeia a escola — por se tratar de área rural, ela tem uma grande extensão de mata nativa.
“Essa mata estava toda abandonada, detonada. Tiramos oito caminhões de entulho de lá, agora é um espaço pedagógico”, explica a professora do quinto ano, Lourdes Cosmo. Além da limpeza, os alunos agora podem contar com uma trilha.
Mariany Lessa, de 11 anos, por exemplo, lembrou que, antes do projeto, nunca havia se interessado pela natureza tão próxima. “Tinham muitas árvores que eu não conhecia. Aprendi que nós temos que cuidar do meio ambiente para não faltar nada no futuro”, refletiu.
[Olho texto='”Se temos a consciência de que é dever de todos cuidar do patrimônio público, teremos uma escola, uma cidade e um país melhor”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, compareceu à premiação e lembrou que o intuito do Controladoria na Escola é exercitar, desde cedo a cidadania.
“Se temos a consciência de que é dever de todos cuidar do patrimônio público, teremos uma escola, uma cidade e um país melhor”, destacou.
Neste ano, o projeto recebeu 109 inscrições, o que representou um total de 4,8 mil estudantes e 280 professores.
O Centro Educacional Gesner Teixeira, do Gama, também levou o valor de R$ 30 mil por ter vencido a categoria 2 — para alunos do sexto ao nono anos do ensino fundamental e todos os anos do ensino médio.
Os segundo e terceiro lugares de cada categoria ganharam R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente. As demais colocadas receberam R$ 5 mil cada uma.
“Alunos e professores, vocês nos fazem acreditar em uma educação de qualidade. Vocês têm um dia a dia atarefado e ainda assim se dispuseram a fazer mais”, discursou o controlador-geral, Lúcio Pinho Filho.
Além das unidades públicas, uma escola do Serviço Social da Indústria (Sesi) foi finalista e será premiada pela própria rede.
A divisão dos prêmios foi feita de acordo com o regulamento.
Os professores que participaram também serão contemplados: 51 deles receberão prêmios, que somam R$ 240 mil.
Haverá ainda premiação para 63 estudantes das seis escolas mais bem classificadas. Eles ganharam uma viagem para um hotel próximo ao Distrito Federal, onde farão uma imersão nos temas aprendidos.
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Nesta segunda edição, puderam disputar alunos do sexto ao nono anos do ensino fundamental e do ensino médio de instituições civis e militares; do quarto e do quinto anos do ensino fundamental; e os da rede Sesi.
Presente na solenidade, a colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg disse que o maior investimento que uma cidade pode fazer é na escola.
“Acredito que este projeto é um exemplo muito concreto do que a gente pode fazer de bom: estimular a participação social e o sentimento público, de que a escola pública é compromisso de todos.”
Lançado em 2016, o Controladoria na Escola incentiva o engajamento de docentes e estudantes em ações cidadãs e de controle social dentro do ambiente escolar.
As atividades são divididas em etapas. No primeiro momento, os professores dos colégios inscritos são capacitados para orientar os alunos nas ações do projeto.
[Numeralha titulo_grande=”104″ texto=”Quantidade de escolas que participaram do projeto em 2017″ esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Na segunda fase, chamada auditoria cívica, os estudantes avaliam a unidade de ensino. Com os problemas apontados, identificam o mais importante e iniciam o desafio: buscar a solução. Eles planejam e executam, com o esforço de todos, projetos que modifiquem a realidade escolar.
A iniciativa começou com dez escolas em 2016. No Centro de Ensino Fundamental 404 de Samambaia, por exemplo, os estudantes fizeram uma horta.
Em 2017, o projeto cresceu — teve 104 unidades inscritas e envolveu cerca de 4 mil alunos e 208 professores coordenadores.
Ganhador no ano passado, o Centro Educacional 14 de Ceilândia criou um aplicativo para monitorar a limpeza e a conservação do patrimônio
Edição: Raquel Flores