18/02/2019 às 18:09, atualizado em 19/02/2019 às 12:19

Caps-AD registra melhora no atendimento

Sete centros de atenção psicossocial prestam acolhimento aos pacientes que buscam se livrar do vício do alcoolismo

Por Agência Brasília

Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) atende pacientes em sete localidades do DF

 

Os usuários de álcool e dependentes químicos podem contar, no Distrito Federal, com o apoio de sete unidades do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps-AD). O órgão, que funciona em Santa Maria, Guará II, Sobradinho II, Itapoã, Ceilândia, Rodoviária do Plano Piloto e Samambaia tem o objetivo de fazer o acompanhamento clínico e apoiar na reinserção social dos usuários por meio do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os países que mais consomem bebidas alcoólicas na América Latina. De acordo com a OMS, mais de 3 milhões de pessoas morreram por consequência da bebida em 2016. Daí a importância de conhecer os impactos do álcool no organismo e evitar o aumento da estatística. De acordo com informações do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), 16% da população brasileira consome álcool de forma prejudicial. Para marcar o combate ao problema, o dia 18 de fevereiro foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo.

As sete unidades do Caps-AD espalhadas pelo Distrito Federal são especializadas no atendimento a pacientes usuários de álcool dependentes químicos. A Secretaria de Saúde tem outras sete unidades que combatem outros tipos de problema e conta com uma equipe de 500 profissionais dedicados ao trabalho, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. No último ano, foram atendidos 28.086 pacientes.

Tratamento
“As pessoas têm que saber que existe tratamento para vários tipos de problema. Estamos de portas abertas 24 horas por dia. As famílias dos dependentes químicos precisam saber que estamos aqui para ajudá-los. Muitas vezes, eles se veem sozinhos e sem perspectiva”, afirma a enfermeira Bruna Barbosa, 30 anos, que há seis anos trabalha no Caps-AD III, na Rodoviária do Plano Piloto.

Na instituição, as pessoas podem contar com atendimento individual e em grupo. Há uma preocupação em trabalhar com a família que também sofre com a doença. “O papel do psicólogo no Caps-AD engloba práticas como atendimento individual e em grupo, visita domiciliar, atendimento à família, oficina e discussão de casos visando atender o usuário do serviço de forma integral e junto com uma equipe interdisciplinar voltada para ações que promovam, protejam e recuperem a saúde dos que são atendidos”, explica a psicóloga Cyntia Leal, que também atua no atendimento aos dependentes químicos no Caps-AD III.

Luta
Histórias de luta contra a dependência são comuns. Recaídas, perdas, prejuízos à vida… mas olhar para o outro e entender um pouco mais sobre a sua doença é fundamental para o tratamento da vítima de alcoolismo. Um dos pacientes do Caps-AD, que prefere não se identificar, lamenta por um dia ter permitido que o vício pela bebida o afastasse do seu ciclo familiar.  “A minha situação é muito triste, tenho uma família, que é essencial na minha vida, e precisar ficar longe deles me entristece. Não é fácil, eu fiz muita coisa errada quando estava sob o efeito do álcool e, hoje, pago pelas consequências. Agradeço a toda a equipe do Caps, pois eles me acolheram e sempre que tenho recaídas me acolhem novamente”, confessa.

Além dos sete Caps AD existem outras sete unidades do Caps que atendem outros transtornos. Se você precisa de ajuda, ou quer orientar aqueles que necessitam basta clicar no link e encontrar o endereço mais próximo: www.saude.df.gov.br/carta-de-servicos-caps/.