01/03/2019 às 10:27, atualizado em 21/10/2019 às 16:14

CÁSSIA NUNES / Troca de experiências para reforçar estratégicas pedagógicas

Para a nova coordenadora regional de ensino do Gama, estudantes precisam ser motivados com atendimento humanizado e acolhedor

Por Renata Moura, da Agência Brasília

Há 25 anos, a professora Cássia Maria Marques trabalha na Regional de Ensino do Gama. Em janeiro, ela foi nomeada para coordenar toda aquela equipe, supervisionando o andamento dos trabalhos em mais de 40 escolas públicas da cidade. “Queremos fazer uma gestão humanizada com olhar especial para as pessoas”, resume, em entrevista à Agência Brasília. Cássia explica que a região precisa urgentemente de mais salas de aulas para suprir a demanda reprimida. Para tanto, planeja ampliar a estrutura de algumas escolas. A professora também anuncia que vai incentivar a troca de experiências entre as unidades para potencializar as estratégias pedagógicas de aprendizado dos alunos.

 

Qual o maior desafio para a Regional do Gama?

Um dos problemas mais graves, não apenas do Gama, é a lotação das escolas. Nos últimos quatro anos, não foram construídas novas salas de aula. Para agravar, todo ano, recebemos 2 mil novos estudantes, que vêm pelo cadastro do [telefone] 156. Para agravar a situação, não temos creche pública. Ou seja, temos uma grande demanda reprimida.

Como resolver esse problema?

Agora, neste ano, infelizmente não conseguiremos resolver tudo. Teremos salas de aulas bem cheias. Mas já estamos fazendo gestão junto à Secretaria de Educação para que novas salas sejam construídas, o mais breve possível, dentro de espaços físicos em escolas que já identificamos.

[Olho texto=”“Vamos trabalhar por uma educação de qualidade, que atinja todos os estudantes”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””]

Há sintonia entre as escolas e a Regional?

A comunicação entre as escolas também é um problema. Precisamos trocar mais experiências positivas e inspirar uns aos outros para resolver os problemas do dia a dia. Para incentivar isso, na própria Regional de Ensino, queremos criar um espaço multifuncional. Possivelmente vamos fazer isso no antigo expediente. Lá, queremos treinar os servidores que ainda não se adaptaram completamente ao SEI [Sistema Eletrônico de Informações], fazer parcerias e transformar aquele espaço num ambiente de acolhimento de pais e até mesmo num local para palestras e cursos motivacionais para educadores.

Como a senhora pretende superar os problemas da rede?

Queremos fazer uma gestão humanizada com olhar especial para as pessoas, sejam elas estudantes, servidores e também os pais. Vamos enfrentar os problemas burocráticos junto à comunidade escolar num trabalho de gestão compartilhada eficaz. Ninguém supera nada sozinho. A participação de todos é importante para transformar a situação. Vamos trabalhar por uma educação de qualidade, que atinja todos os estudantes. Não se trata apenas de melhorar índices – queremos melhorar vidas.