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12/04/2019 às 17:16, atualizado em 12/07/2019 às 16:14
Mudança cumpre compromisso firmado ainda durante o governo de transição e auxilia na resolução dos casos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) reduziu o tempo de espera para perícias em locais de crimes contra o patrimônio para 24 horas. Isso foi possível graças à implementação do Serviço Voluntário Gratificado, que permitiu a ampliação das equipes multidisciplinares compostas por peritos criminais, papiloscopistas policiais e agentes de polícia, que agiram em um plano de esforço da corporação. O feito atinge uma das metas estabelecidas ainda na transição do governo Ibaneis Rocha: contribuir para a identificação de criminosos e para as conclusões de inquéritos.
O Serviço Voluntário Gratificado solucionou um problema que se arrastava há quase uma década, permitindo dobrar o número de equipes a partir da adesão dos policiais. O diretor do Instituto de Criminalística (IC) da PCDF, Emerson Souza, conta que o atendimento ficou prejudicado nos últimos oito anos em virtude do déficit de funcionários. No meio da semana eram três equipes, enquanto duas se viravam aos sábados e domingos. Atualmente, são seis grupos.
“Nesta gestão, chegamos a ter 700 pendências e foi estabelecida a meta de reduzir”, informa Emerson. “Pegamos como desafio e, com esforço dos peritos criminais, papiloscopistas policiais e agentes de polícia, conseguimos reduzir e otimizar o atendimento, viabilizado com a implementação do voluntariado”.
Regulamentação
Em fevereiro, quando o voluntariado dos policiais civis foi regulamentado, 539 perícias de crimes contra o patrimônio estavam pendentes. Com reforço e esforço das equipes, a corporação conseguiu reduzir a fila para 30 ocorrências, tirando do limbo casos registrados desde janeiro de 2018 que ainda aguardavam solução. São eventos de furto, roubo ou danos em casas, estabelecimentos comerciais ou veículos, que precisam passar pelo crivo da corporação para confecção do laudo pericial.
Também estão incluídos ente os eventos estragos relacionados às ocorrências da Lei Maria da Penha, furto de água ou energia elétrica e maus-tratos a animais. No local do crime, os peritos fazem registros fotográficos, tiram medidas e buscam vestígios, indícios e evidências que possam ajudar a identificar os autores e contribuir com a investigação.
[Olho texto=”O efeito disso para a população é ótimo, permite a democratização da perícia e do atendimento” assinatura=”Emerson Souza, diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]
Com queda do número de perícias pendentes, o tempo de espera também foi reduzido. Um comércio furtado ou assaltado poderia ficar semanas aguardando, e o local era desfeito porque a o empresário precisa continuar a atividade comercial. Veículos recuperados, por sua vez, permaneciam por até dois meses estacionados nos pátios das delegacias. Com a retomada do pronto-atendimento, a espera é de 24 horas, em média, após o registro do boletim de ocorrência. A perícia é acionada pela delegacia.
“O efeito disso para a população é ótimo, permite a democratização da perícia e do atendimento”, avalia Emerson Souza. “Agora conseguimos atender dentro do mesmo prazo todas as áreas da cidade. Isso é inédito, e já recebemos elogios nas ruas. O atendimento priorizado, imediato e sem atraso permite acesso a vestígios preservados, o que propicia melhor identificação dos autores”.