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03/05/2019 às 16:04, atualizado em 03/05/2019 às 16:06
Audiência de conciliação marcada para 17h30 desta sexta-feira (3)
Em despacho assinado nesta sexta-feira (3), a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, determinou ao Sindicato dos Metroviários do DF (Sindmetro-DF) que, durante a greve em curso, garanta o funcionamento de 80% da frota de trens nos horários de pico e de 30% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. E, para solucionar o litígio, a presidente do Tribunal marcou para as 17h30 desta sexta-feira (3) uma audiência de conciliação entre os representantes do Metrô-DF e do sindicato da categoria.
Diante da paralisação dos metroviários, que se iniciou nesta quinta (2), o Metrô-DF ajuizou no TRT-10 pedido de tutela cautelar preparatória de Dissídio Coletivo de Greve. Segundo a empresa, a categoria está mantendo 30% do efetivo de empregados em atividade. Para o Metrô, contudo, esse quantitativo é insuficiente para atender à demanda do serviço essencial e não garante um mínimo de dignidade à população do DF. Com esse argumento, pediu a concessão de liminar que garanta o funcionamento de 100% da frota nos horários de pico (das 6h às 10h e das 16h às 20h), e de 60% nos demais horários.
Ao analisar o pleito, a presidente do TRT-10 lembrou que a empresa desenvolve atividade essencial. Nesses casos, explicou, a Lei 7.783/1989 (Lei de Greve) dispõe que “sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”.
A paralisação da atividade essencial desenvolvida pelo Metrô-DF, consistente no transporte coletivo diário de milhares de passageiros, implica em prejuízo direto à população do Distrito Federal, “de molde a evidenciar a probabilidade do direito por elas invocado e o perigo de dano”, salientou a desembargadora Maria Regina ao conceder, parcialmente, a liminar para determinar que, nos horários de pico, seja garantido o funcionamento de 80% da frota e, nos demais horários, de 30% do efetivo, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
A presidente do Tribunal designou audiência de conciliação para as 17h30 desta sexta-feira (3), na sede do Tribunal.