06/06/2019 às 12:15, atualizado em 07/06/2019 às 12:03

GDF anuncia ganhador da licitação do ArenaPlex

Empresa vai gerenciar Estádio Mané Garrincha, Complexo Aquático Cláudio Coutinho e Ginásio Nilson Nelson por 35 anos. Outorga anual ficou em R$ 5,05 milhões

Por Renata Moura, da Agência Brasília

Fotos: Renato Alves/Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal anunciou, nesta quinta-feira (6), o consórcio BSB Boulevard Show de Bola como o novo administrador do ArenaPlex, conjunto de instalações esportivas formado pelo Estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho. Pela concessão de 35 anos, o governo vai recolher anualmente R$ 5,05 milhões mais um percentual, estipulado em 5%, do faturamento geral de todo o complexo.

“A cultura de negócios privados não existia no DF, mas precisamos dar uma virada nessa página para gerar empregos e renda para Brasília”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. Ele fez questão de comparecer à abertura do envelope de proposta comercial para outorga dos serviços.

A expectativa é que o governo passe a economizar cerca de R$ 370 milhões em investimentos, além de arrecadar mais R$ 700 milhões em impostos diretos e indiretos. De acordo com a proposta, o Consórcio fará reformas pontuais e revitalização, incluindo paisagismo e adequações em todo o equipamento e na área de estacionamento.

“Esses equipamentos públicos geridos pelo Estado são muito dispendiosos”, lembrou o chefe do Executivo. Segundo a Terracap, em um ano, só para trocar o gramado do Mané Garrincha, foram gastos mais de R$ 750 mil. “Todo mundo sabe que o governo não tem condições de investimento. Se não temos, devemos convidar o privado para investir e dar retorno para a cidade”, avaliou Ibaneis.

Emprego e renda
Representante do consórcio vitorioso, Richard Dubois afirmou que o plano de negócios para o complexo é audacioso. “Em 5 ou 6 anos, queremos estar no patamar completo de operação”, disse. O grupo, de acordo com ele, vai investir R$ 700 milhões na revitalização dos espaços. “Aqui faremos operações com serviços de primeiro mundo. Nossa ideia é realizar pelo menos cinco grandes eventos internacionais e dez nacionais por ano”, garantiu.

O consórcio Show de Bola tem experiência para conquistar as metas propostas. O grupo atualmente administra 18 arenas na Europa, entre elas as de Amsterdã, Paris e Moscou. De acordo com o edital, após a assinatura do contrato de concessão, o governo deve acompanhar a operação do complexo por 180 dias. “Nesse período, vamos conhecendo melhor e, acima de tudo, melhorando a operação dos eventos”, previu Richard.

Ele explica que, além dos R$ 5 milhões de outorga anual, o GDF também vai receber 5% de todo o faturamento do complexo. “Estamos esperando ter um faturamento da concessionária na ordem de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões por ano, uma vez estabilizado o negócio”, avaliou.