29/07/2019 às 18:13

Migração do sistema de bilhetagem será gradativa, explica titular da Semob

O Banco Regional de Brasília (BRB) vai assumir a gestão do modelo de uso do transporte público da capital

Por Agência Brasília 

O secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, esclareceu dúvidas de internautas, nesta segunda-feira (29), sobre a extinção do DFTrans. Em vídeo ao vivo transmitido nas redes sociais do Governo do Distrito Federal (veja mais abaixo), o titular da pasta informou que toda a mudança de gestão do sistema de bilhetagem será gradativa e amplamente divulgada. A custódia de valores e distribuição de cartões agora é responsabilidade do Banco Regional de Brasília (BRB), mas toda a política do instrumento é do Executivo. A mudança promete tornar mais fácil a vida do passageiro. 

[Olho texto=”Não dá mais para ter desculpa de que o sistema não está funcionando. Essa mudança é para acabar de vez com as reclamações e para que tenhamos um sistema de bilhetagem que funcione no DF” assinatura=”Valter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Não dá mais para ter desculpa de que o sistema não está funcionando. Essa mudança é para acabar de vez com as reclamações e para que tenhamos um sistema de bilhetagem que funcione no DF”, defende Casimiro.

De acordo com ele, uma instituição financeira tem mais capacidade do que uma autarquia para poder fazer a custódia de valores e distribuição de cartões. “Por isso foi a opção do governo para poder passar esse sistema ao BRB”, explica.

Neste primeiro momento do novo sistema, nada muda. Os 33 postos do DFTrans e o telefone 162 seguem em funcionamento  com a mesma sistemática de solução de problemas. Também não há alterações no cadastramento de novos usuários. O interessado deve entrar no site, que continua como DFTrans, e preencher o formulário disponível para que a pasta analise as informações. 

Segundo o secretário, a efetivação da mudança vai levar de 30 a 90 dias. “Pedimos desculpas à população se, nesse período, houver alguns transtornos em função da mudança de toda a  sistemática que vinha sendo adotada”, antecipou-se. As mudanças serão efetuadas aos poucos, com estudos que verificarão o que pode ser feito de melhoria para diminuir problemas recorrentes.

Veja a entrevista:

A migração será feita gradativamente, à medida que o BRB for assumindo o sistema de bilhetagem e novos postos forem abertos. A previsão é que seja possível ampliar o acesso da população às recargas.

“A ideia é facilitar a vida do usuário, que poderá abastecer em diversos pontos comerciais para que não fique tão restrito como hoje”, explica o secretário. Assim, serão oferecidos à população pontos de recarga pela internet, em lotéricas, bancas de jornal e comércios, além de máquinas de cartão de crédito e débito.

[Olho texto=”A ideia é facilitar a vida do usuário, que poderá abastecer em diversos pontos comerciais para que não fique tão restrito como hoje” assinatura=”Valter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade” esquerda_direita_centro=”direita”]

O cartão é pessoal e intransferível. É proibido que comercialize os créditos. Por isso, a fiscalização também deve ser alterada. A Semob tem a intenção de aplicar um sistema específico de combate à venda ilegal. O plano é que fiscais passem com maquininhas dentro do transporte para confirmar se o cartão do usuário foi usado na roleta, principalmente no BRT, onde o item é obrigatório. Isso pode ser ampliado para o Metrô e, talvez, aos ônibus e microônibus. 

Nas estações da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), aumentará o número de catracas destinadas à integração, com unificação do sistema de bilhetagem. A substituição dos validadores está em andamento e a previsão é que toda as entradas possam ser feitas com o mesmo cartão.   

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A transparência do sistema também será melhorada. Como ele é vinculado ao sistema bancário, a intenção é que seja possível tirar extrato dos cartões. A definição de novas tecnologias e estratégias serão discutidas no futuro. Casimiro ainda revela que idosos não precisarão mais de cartão. A gratuidade prevista em lei será comprovada com documento de identidade do passageiro. 

Passe Livre 

Hoje a regra diz que as instituições de ensino precisam mandar relação de alunos com carga horária e período de estudo para organizar as regras no sistema. Quando as informações não são repassadas, os alunos são prejudicados. “Temos observado falhas e cobrado assim que recebemos a reclamação dos alunos. Queremos melhorar o processo para que a gente tenha menos dependência desses encaminhamentos de formulários”, declarou o secretário de Transporte.

[Olho texto=”Queremos melhorar o processo para que a gente tenha menos dependência dessas encaminhamentos de formulários (das escolas)” assinatura=”Valter Casimiro, secretário de Transporte e Mobilidade” esquerda_direita_centro=”direita”]

Nesta segunda-feira (29), na retomada do ano letivo, problemas com o passe livre foram identificados. A pasta trabalha para que tudo seja resolvido até o fim do dia, dando tranquilidade aos alunos na terça-feira (30). Para minimizar os transtornos, a Semob determinou às empresas de ônibus que, em caso de problema na identificação do usuário, permita que o estudante faça a viagem sem rodar a roleta.

A orientação é que motoristas, cobradores e funcionários do Metrô permitam a entrada dos alunos. “Tudo para que o estudante não seja prejudicado por mais esta falha no sistema de bilhetagem do Distrito Federal”, acrescenta o secretário.

O problema não tem relação com a mudança do sistema. Pelo contrário. É corriqueiro em inícios e retomadas de anos letivos. “A definição de mudar para o BRB foi devido a essa recorrência. Mais uma vez a gente comprova que esse sistema na mão da estrutura antiga causa problemas e esperamos resolver isso logo.”

GPS nos ônibus 

A Secretaria de Transporte e Mobilidade vai começar a cobrar a instalação de GPS nos coletivos da capital. Até semana passada, quando foi publicada uma portaria com essa determinação, a fiscalização de horários e itinerários era feita pelo sistema de bilhetagem. Assim, se houver furo de linha as empresas serão punidas.

“Isso otimiza o controle e dá mais poder de cobrança da administração”, arremata Valter Casimiro.