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31/07/2019 às 17:08, atualizado em 31/07/2019 às 18:53
Em encontro de lideranças em infraestrutura da América Latina, o governador defendeu resgate da credibilidade para atrair recursos para o DF
O projeto para a implantação do gasoduto do Brasil Central foi destaque do Governo do Distrito Federal (GDF) no primeiro dia do 17º Fórum de Lideranças da América Latina, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília. Ao participar da abertura do encontro, o governador Ibaneis Rocha ressaltou seu interesse em abrir a economia do DF para investidores estrangeiros a fim de fomentar a economia regional, atraindo novos empregos e gerando renda – bandeiras da sua gestão.
O governador lembrou que, com as reformas estruturantes deixadas em segundo plano pelos últimos governos do Brasil, faz-se necessário uma reavaliação para que o setor privado volte a ser chamado a investir na área de infraestrutura. “A única maneira de criar uma matriz de recursos no país é resgatar a nossa credibilidade.”
No evento, que contou com a presença do vice-governador Paco Britto e de secretários de estado – como o de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, o de Relações Internacionais, Pedro Rodrigues, e a de Turismo, Vanessa Mendonça –, Ibaneis responsabilizou a falta de investimentos no encalhe de projetos que não prosperaram. A ferrovia Norte-Sul, que se arrasta sem conclusão há mais de 30 anos, a Transnordestina, paralisada sem recursos, além da falta de atenção às áreas de óleo e gás.
“Cito o caso do Centro-Oeste, com uma população qualificada e possibilidades inúmeras, mas que não tem um gasoduto que interligue Minas Gerais à região e aí não nos permite trazer grandes indústrias, grandes investimentos, tudo isso por conta de uma política que não pensa a longo prazo, no desenvolvimento das populações”, disse o governador.
O gasoduto Brasil Central – que vai transportar combustível por 905 quilômetros entre São Carlos (SP) a Brasília (DF), tem orçamento inicial de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 3,5 bilhões) e mercado para as áreas industrial, comercial e de veículos.
O gás também poderá ser utilizado para a cogeração (processo de produção e utilização combinada de calor e eletricidade, proporcionando o aproveitamento de mais de 60% da energia térmica proveniente dos combustíveis utilizados nesse processo) de energia. O projeto prevê a passagem do gasoduto em pelo menos cinco grandes cidades, entre elas uma capital (Goiânia) e regiões de forte potencial econômico, como Ribeirão Preto e Uberaba – além da passagem em Itumbiara e Anápolis até chegar à capital do país.
“O gasoduto vai transformar a matriz energética da região por onde passará, vai possibilitar a implantação de novas industrias ao longo do trajeto e com a utilização de energia mais limpa e barata”, disse Ruy Coutinho. O gasoduto terá capacidade para transportar 5,7 milhões de metros cúbicos por dia.
O Fórum organizado pela empresa americana CG/LA segue até esta quinta-feira no Centro de Convenções do Brasil 21. No cardápio de opções apresentados pelo GDF para grandes investidores internacionais está a privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB), da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), da iluminação pública da cidade e da implantação do VLT, entre outros.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico