31/07/2019 às 09:21, atualizado em 31/07/2019 às 09:22

Região de Saúde Leste zera fila de consultas oftalmológicas

Cerca de 3 mil pacientes aguardavam por exames. Trabalho contou com a ajuda de profissionais do Hospital Universitário de Brasília, da UnB

Por Leandro Cipriano, da Secretaria de Saúde

A Região de Saúde Leste, que engloba Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico, conseguiu zerar a fila de espera para consultas oftalmológicas. Aproximadamente 3 mil pacientes aguardavam, desde o ano passado, para fazer os exames.

A demanda foi zerada devido à contribuição do Consultório Itinerante de Oftalmologia, localizado na área externa do Hospital da Regional Leste (HRL, antigo Hospital do Paranoá). 

A estrutura é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Saúde e o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e é montada em um contêiner com ambiente totalmente reformado e climatizado. Com os equipamentos de última geração, é possível atender cerca de 500 pacientes por mês.

“Com esse apoio, além de zerar nossa fila, ajudamos na fila da Região de Saúde Norte também: de Sobradinho e Planaltina. Temos, atualmente, 200 pacientes na espera, já com previsão de zerar novamente até o final do mês”, explica a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua.

Ao mesmo tempo em que dão vazão à nova fila, os pacientes têm sido inseridos no atendimento por meio da regulação. Uma delas foi a dona de casa Francisca Matos, 53 anos, atendida no Consultório Itinerante de Oftalmologia. 

Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

A dona de casa Francisca: dor no olho esquerdo

Moradora de Sobradinho, ela procurou o serviço devido a uma dor no olho esquerdo. “Não consigo enxergar direito por esse olho. Há uma possibilidade de eu ter o tal olho preguiçoso e me receitaram um colírio e um remédio. Achei o atendimento muito bom e rápido. Agora, vou aguardar pelo retorno”, disse Francisca.

 Para realizar a consulta oftalmológica, o usuário precisa de encaminhamento dado pela unidade básica de saúde (UBS), após consulta com o médico da família e comunidade, que avaliará a necessidade do atendimento. O ideal é realizar uma avaliação anual para prevenir doenças e receber o diagnóstico precoce.

 O tempo de espera médio, para os pacientes que aguardam pela consulta, varia entre 10 a 20 dias, para quem é classificado como vermelho; e de 30 e a 60 dias para quem está classificado como amarelo. Antes da instalação do contêiner, em outubro de 2017, o tempo de espera chegava a dois anos.

 Contêiner 

Nesse espaço, os médicos que fazem a avaliação são do HUB. Eles realizam as consultas de oftalmologia e todos os exames básicos – entre eles, o teste de refração ocular. Com isso, o paciente já sai com a receita dos óculos.
 

Consultório no contêiner: ambiente climatizado, com equipamentos de última geração – Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

No espaço, também é possível realizar os exames de fundo de olho e tonometria, que permitem avaliar como estão as estruturas do olho e a pressão arterial. 

Dessa forma, é possível diagnosticar problemas como catarata e glaucoma. Se houver necessidade de outros exames, eles também fazem o encaminhamento.